O que foi o modernismo da geração 30?
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A Geração de 1930, ou Segunda Geração Modernista, foi considerada um divisor de águas para a Literatura brasileira: longe das palavras de ordem evocadas na Semana de Arte Moderna de 1922 e da Literatura proveniente do grito modernista, atingiu uma condição adulta e moderna, responsável por alçar a produção literária a novos patamares.
As conquistas dos primeiros modernistas já estavam consolidadas e, graças à geração de 1922, a Literatura finalmente pôde desvincular-se de seu passado colonizador, apresentando uma nova concepção para a linguagem através de significativas inovações formais e estéticas, denunciando assim o interesse pela experimentação literária. Era preciso superar os primeiros modernistas; os tempos eram outros, tempos de tensões ideológicas nascidas em um complexo contexto de guerras: no mundo, a Segunda Guerra Mundial, e no Brasil, o Estado Novo, ditadura de Getúlio Vargas que vigorou entre os anos de 1937 e 1945.
A atmosfera de pessimismo que atingiu a sociedade e ameaçou os rumos da humanidade foram representadas na Literatura dos anos 30 que, diante das novas configurações históricas, apresentou experiências artísticas nascidas em tempos beligerantes. Desse novo contexto, outra demanda foi apresentada: a necessidade de um maior envolvimento social e de um olhar mais cuidadoso para a região Nordeste, que surgiu então como um novo cenário em nossa Literatura. Foram os principais representantes da geração de 30:
Prosa:
Graciliano Ramos
José Lins do Rego
Rachel de Queiroz
Jorge Amado
Érico Verissimo
Poesia:
Carlos Drummond de Andrade
Vinicius de Moraes
Cecília Meireles
Jorge de Lima
Murilo Mendes
SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO
Literatura modernista nos anos 30. Nesse período as conquistas da geração modernista de 22 já se encontram consolidadas. É preciso, mais do que digeri-las, também ressignificá-las, sobretudo em um mundo de repentina maior complexidade, ditado por um contexto de apreensão e perplexidade mediante um contexto beligerante nunca antes visto, nas proporções que por fim tomou e que não refrearam no período entre guerras.
O mundo é ditado, agora, por uma atmosfera de pessimismo quanto aos rumos da humanidade, mas também pela necessidade de compreensão, de maior envolvimento social. Essas demandas também nortearão o olhar de toda uma safra de escritores a um cenário novo em nossa literatura: o Nordeste, suas agruras e suas sofridas personagens. Eis os balizadores que nortearão a visão modernista da segunda geração.Sua produção é bastante fecunda tanto em prosa quanto em poesia.
Costumeiramente, situam-se os marcos dessa geração entre 1930 e 1945.
Poesia
Há na poesia, dessa fase, um grau de uniformidade e mesmo de coesão menor do que nos autores de 22. Lembremos, no entanto, que a maior parte dos autores de 22 são contemporâneos da safra de poetas de 30, com os quais partilham o gosto pelo verso livre, a liberdade temática, a postura antiacadêmica, a valorização do cotidiano. Esses traços aqui não são mais uma espécie de guia a se seguir, mas amplas conquistas já estabelecidas.
Os principais nomes da poesia dessa fase modernista são:
Carlos Drummond de Andrade
Vinícius de Moraes
Cecília Meirelles
Jorge de Lima
Murilo Mendes