O que é ponte para o futuro ?
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O Brasil encontra-se em uma situação de grave risco. Após alguns anos de queda da
taxa de crescimento, chegamos à profunda recessão que se iniciou em 2014 e deve
continuar em 2016. Dadas as condições em que estamos vivendo, tudo parece se
encaminhar para um longo período de estagnação, ou mesmo queda da renda per
capita. O Estado brasileiro vive uma severa crise fiscal, com déficits nominais de 6% do
PIB em 2014 e de inéditos 9% em 2015, e uma despesa pública que cresce acima da
renda nacional, resultando em uma trajetória de crescimento insustentável da dívida
pública que se aproxima de 70% do PIB, e deve continuar a se elevar, a menos que
reformas estruturais sejam feitas para conter o crescimento da despesa.
Estagnação econômica e esgotamento da capacidade fiscal do Estado não são fenômenos
circunscritos apenas à esfera econômica. São fontes de mal-estar social e de conflitos
políticos profundos. As modernas democracias de massa não parecem capazes de
conviver passivamente com o fim do crescimento econômico e suas oportunidades, nem
com a limitação da expansão dos gastos do governo. Mesmo nos países já desenvolvidos,
e com generosos regimes de bem-estar social, a interrupção do crescimento econômico
e uma pausa na expansão das transferências e dos serviços do Estado estão gerando o
enfraquecimento da autoridade política e profunda insatisfação social.
Entre nós o fenômeno pode ocorrer em um grau amplificado, pois partimos de um
ponto em que o Estado, embora grande, não presta os serviços que parece prometer
e a economia, ainda pobre ou de renda média, está longe de oferecer oportunidades
e renda adequada para a maioria absoluta da população. Como agravante temos um
sistema político sem raízes profundas na sociedade, muito fragmentado, sem articulação
e com baixa confiança da população.
A ideia, sempre presente em nossa história de que somos um “país do futuro”, combina
uma realidade e uma expectativa que, juntos, nos ajudaram a transpor nossos dramas
políticos e sociais, sem que a sociedade perdesse a coesão ou se envolvesse em conflitos
destrutivos. A realidade é que, de fato, o desempenho do Brasil moderno foi bastante
satisfatório numa perspectiva de longo prazo: entre os anos de 1900 e 2000 a renda per
capita do brasileiro cresceu em média 2,5% ao ano, enquanto o mundo como um todo
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