o europeu que chegasse ao Rio de janeiro 1816 mal poderia acredita,diante do número considerável de sapataria [...]quando a nossa chegada ,as sapatarias situavam-se na pequena rua dos barbeiros,primeira atravessa do rua direita ,ao longo da capela do Carmo [...]
a distribuição interna dessas lojas e a harmonia do cenário não variam .O branco ,o verde-claro e o rosa são as cores adotadas exclusivamente .as mas pobre,entretando privadas de armários envidraçados ,apresentam uma simples parede de madeira no fundo ,que acham a cozinha e o local em que se dorme o escravo do sapateiro
o desenho representa a loja rica de um sapateiro português castigando seu escravo ;a mulata ,sua mulher,embora amamentando uma criança,não resisti ao prazer de espiar o castigo .
o instrumento de castigo que serve o sapateiro chama-se palmatória.[...] o castigo,dado de conformidade com a falta , vai uma a três dúzias de bolos seguidos .
Soluções para a tarefa
Resposta:
Descrição:Mariana tem sua origem ligada à exploração do ouro pela expedição do Coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, que, fixando-se à margem de um ribeirão, ali fundou um arraial no dia 16 de junho de 1696, ao qual deu o nome de Ribeirão do Carmo, em homenagem ao dia de Nossa Senhora do Carmo, iniciando a construção de uma capela provisória. A Vila do Ribeirão do Carmo, ou Vila do Carmo, chamou-se também Vila de Albuquerque, em homenagem a Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, Capitão-General da Capitania de São Paulo e Minas Gerais (1710), responsável pela criação, em 1711, das primeiras Vilas, sendo a primeira delas a Vila do Carmo. Através de carta régia datada de 23 de abril de 1745, Vila do Carmo foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Mariana, em homenagem a D. Maria Ana D'Austria, esposa de D. João V. Em todo período da Colônia foi a primeira Vila, a única cidade e a principal capital de Minas Gerais. Berço da civilização cristã e da educação em Minas Gerais, pioneira em vários aspectos da sociedade estabelecida pelo ouro no centro do Brasil, sede do primeiro Bispado do Estado, Mariana ainda hoje vive fundamentalmente em torno da Igreja, presente em praticamente todos os seus empreendimentos importantes. Monumento Nacional a partir de 1945, a antiga Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo foi ainda a única da província que teve seu traçado urbano planejado no período colonial, distanciando-se, nesse aspecto, das demais vilas do ciclo do ouro. Projetada pelo arquiteto português José Fernandes Pinto Alpoim, Mariana apresenta traçado com ruas retas e praças retangulares, seguindo os preceitos modernos, o que pode ser notado ainda hoje, apesar de sua expansão e da constante descaracterização que vem sofrendo. Sede do Bispado, ali fundou-se o Seminário Menor, com sua bela capela, obra iniciada em 1750 e concluída entre 1780 e 1790, constituindo-se na primeira casa de instrução de Minas, de onde saíram várias personalidades, não só na religião, mas nas letras, na magistratura e na política. Com o florescimento das Ordens Terceiras, na segunda metade do século XVIII, Mariana, como ocorreu em outras cidades da capitania e do País, foi beneficiada com a construção de seus templos. Assim, na Praça João Pinheiro, a poucos metros uma da outra, estão as igrejas construídas pelas poderosas irmandades, a de São Francisco de Assis e a do Carmo. Já as igrejas de Nossa Senhora das Mercês e do Rosário, pertencentes às Irmandades dos pretos, se distanciam daquelas, a primeira situada a cinco quarteirões da praça e a outra numa elevação mais afastada. Não tendo alcançado o desenvolvimento de Ouro Preto, Mariana possui menos edifícios civis e templos do que a antiga Vila Rica. Entretanto, sua Catedral de Nossa Senhora da Assunção, a Sé marianense, antiga matriz, é uma das mais ricas, importantes e antigas igrejas mineiras, construída a partir de 1713, tendo suas obras se prolongado até a primeira década do século passado. Trata-se de uma vigorosa construção de pedra e cal, caracterizada externamente pelo seu aspecto sóbrio e rico interior povoado de obras de arte, alfaias, prataria e pintura, tendo ali trabalhado Manuel Francisco Lisboa, pai do Aleijadinho, o construtor português José Pereira Arouca (que atuou tanto em outras igrejas como em edifícios civis marianenses) e o maior pintor do período barroco mineiro, Manuel da Costa Athaíde, que ali foi batizado, no dia 18 de outubro de 1762. José Pereira Arouca é apontado também como autor da planta da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, cuja obra, iniciada em 1784, se prolongou por mais de quarenta anos. Considerada a mais bela igreja de Mariana, corresponde à terceira modalidade do barroco mineiro. Um dos exemplares mais curiosos da arquitetura colonial de Mariana, a antiga Casa de Câmara e Cadeia, hoje sede da Prefeitura e Câmara Municipal, teve sua construção iniciada em 1768, com planta de Arouca, tendo sido concluída trinta anos depois. Juntamente com as igrejas do Carmo e São Francisco, cujas fachadas estão em ângulo reto, forma o belo conjunto arquitetônico da Praça João Pinheiro. Instalado na antiga Casa Capitular, o Museu Arquidiocesano de Mariana, obra do final do século XVIII e também planejada por Arouca, possui mobiliário raro e magníficas peças de arte sacra. Outra obra de vulto foi a fundação, pela Arquidiocese, do Seminário Maior de Mariana, de estilo neoclássico. Enfim, a cidade conta com um acervo arquitetônico composto por nobres monumentos que marcam os anos áureos da opulência do passado, cabendo ainda mencionar o conjunto de sobrados com casas comercias no térreo e sacadas na andar superior, localizados na rua Direita, incluindo a casa onde viveu o poeta Alphonsus de Guimarães, reformada para se transformar em Museu, além de antigas pontes e capelas dos Passos. Texto extraído de: SOUZA, Wladimir Alves de: Guia dos Bens Tombados: Minas Gerais. Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1984.