História, perguntado por gabriellysoares9742, 1 ano atrás

O antropólogo Bronislaw Malinowski conviveu em aldeias com povos nativos e registrou seus estudos etnográficos no livro Os argonautas do Pacífico Ocidental. Na introdução da obra, quando aborda questões metodológicas da pesquisa, o autor descreve o método etnográfico e de observação participante, que consiste basicamente em vivenciar experiências e práticas de outras culturas para entendê-las como manifestação humana. Como exercício, reflita sobre o cenário brasileiro e a existência de indígenas aldeados (que vivem em aldeias) e não aldeados (que vivem, geralmente, em territórios urbanos), bem como sobre as ações em torno da identidade indígena a partir da visão de sujeitos de direito instituída pela Constituição Federal de 1988. ​​​​​​​ ​​​​​​​Nesse sentido, pensando nas diferentes culturas e na relação entre a Antropologia e o Direito, responda: a identidade étnica do indígena, no Brasil, vem sendo perdida com o passar do

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Respondido por EduardoPLopes
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Podemos dizer que, em certo sentido, à medida que os povos nativos se tornam urbanizados, integrando-se totalmente à cultura dos colonizadores, perdem a sua identidade étnica, e isto tem sido cada vez mais comum, por motivos diversos, mas principalmente pela expulsão violenta dos povos nativos de seus territórios.

Por conta disto as práticas culturais nativas (seus ritos, hábitos, língua e formas artísticas) acabam desaparecendo, e os nativos perdem a sua identidade ancestral.

Respondido por jardelfranca
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Resposta:

De acordo com a Antropologia, não se pode afirmar a "perda" de uma identidade étnica em uma sociedade, mas, sim, sua transformação, considerando o processo de colonização e violências vivenciado pelos povos indígenas no Brasil ainda hoje, bem como a instituição de uma sociedade democrática e de sujeitos de direito a partir da Constituição Federal de 1988.

O conceito de cultura na Antropologia, por exemplo, representa um fenômeno dinâmico, e não estanque — parado no tempo, como algo imutável. A importância da Antropologia reside, principalmente, em se tratar de uma ciência que considera o homem — na condição de um ser humano complexo — em todas as suas dimensões como objeto de estudo, de modo interdisciplinar.

Assim, com a Antropologia, aprendemos que não devemos utilizar os valores da nossa cultura para analisar outras culturas, mas procurar conhecer suas dimensões históricas, culturais e sociais para entendê-las em suas diferenças e peculiaridades.

Nesse sentido, a relação entre Antropologia e Direito contribui para:

- análise dos fatores culturais, políticos e sociais (além dos aspectos legais) que perpassam o mundo jurídico e a atuação dos operadores do Direito;

- estudos empíricos de diversas sociedades, grupos sociais e regras estatais e não estatais;

- abordagem pluralista do Direito ante a diversidade cultural e social e a multiplicidade de manifestações do Direito na vida humana.

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