Filosofia, perguntado por Izaquemega8473, 9 meses atrás

Na Quarta Parte do Discurso do Método, Descartes afirma: "Pois, enfim, quer estejamos em vigília, quer dormindo, nunca nos devemos deixar persuadir se não pela evidência de nossa razão. E deve-se observar que digo de nossa razão e de modo algum de nossa imaginação, ou de nossos sentidos". Por que, para Descartes, não devemos nos deixar guiar nem pela imaginação nem pelos sentidos?

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Respondido por EduardoPLopes
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Dentro da filosofia de Descartes, não devemos nos deixar guiar pelos sentidos pois a própria experiência mostra que eles já nos enganaram antes (Descartes cita coisas como alucinações e ilusões de ótica como exemplos), de modo que eles não são confiáveis (podem nos enganar de novo) como base para uma filosofia segura.

Não devemos nos guiar pela imaginação pois, apesar dela ser algo que conhecemos de maneira imediata, e que não está suscetível aos mesmos erros que os sentidos, é capaz de produzir coisas que só existem na imaginação, e não no mundo, e por causa disto não é segura. Ela só deve ser usada guiada pela Razão, e sempre seguindo os seus princípios, de modo que aquilo que imaginamos seja condizente com a realidade.

Um exemplo de engano da imaginação é a ideia de unicórnios, que podemos perfeitamente imaginar, mas não condiz com a realidade. Outro são as teorias da conspiração, que são perfeitamente imagináveis, mas não se adequam ao real e acabam nos fazendo errar.

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