me ajudem!
Texto I
“Abriu a janela no exato momento em que a garrafa
com a mensagem passava, levada pelo vento. Pegou-a pelo
gargalo e, sem tirar a rolha, examinou-a cuidadosamente. Não
tinha endereço, não tinha remetente. Certamente, pensou, não
era para ele”.
Texto II
ESSAS MENINAS
Carlos Drummond de Andrade
As alegres meninas que passam na rua, com suas
pastas escolares, às vezes com os seus namorados. As
alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o
besouro que entrou na classe e pousou no vestido da
professora; essas meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada
uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado,
riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca
mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava
uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina
encontrada naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria
de um tempo que não deixa mais rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas
de uma hora para outra; essas mulheres.
Texto III
“Quando Ana me deixou, eu fiquei muito tempo
parado na sala do apartamento, cerca de oito horas da noite,
com o bilhete dela nas mãos. No horário de verão, pela janela
aberta da sala, à luz das oito horas da noite podiam-se ainda
ver uns restos de dourado e vermelho deixados pelo sol atrás
dos edifícios, nos lados de Pinheiros. Eu fiquei muito tempo
parado no meio da sala do apartamento, o último bilhete de
Ana nas mãos, olhando pela janela os vermelhos e os
dourados do céu. E lembro que pensei agora o telefone vai
tocar, e o telefone não tocou, e depois de algum tempo em que
o telefone não tocou, e podia ser Lucinha da agência ou Paulo
do cineclube ou Nelson de Paris ou minha mãe do Sul, [...]
então pensei agora a campainha vai tocar. Podia ser o porteiro
entregando alguma correspondência, a vizinha de cima à
procura da gata persa que costumava fugir pela escada, ou
mesmo alguma dessas criancinhas meio monstros de edifício,
que adoram apertar as campainhas alheias, depois sair
correndo. Ou simples engano, podia ser. Mas a campainha
também não tocou, e eu continuei por muito tempo sem
salvação parado ali no centro da sala que começava a ficar
azulada pela noite, feito o interior de um aquário, o bilhete de
Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de
respirar”
Marque a alternativa correta.
(A) No texto I, temos um narrador-onisciente e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(B) No texto II, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(C) No texto III, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(D) No texto I, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(E) No texto III, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de
respirar”
Marque a alternativa correta.
(A) No texto I, temos um narrador-onisciente e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(B) No texto II, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(C) No texto III, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(D) No texto I, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(E) No texto III, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa
Explicação:
meio monstros de edifício,
que adoram apertar as campainhas alheias, depois sair
correndo. Ou simples engano, podia ser. Mas a campainha
também não tocou, e eu continuei por muito tempo sem
salvação parado ali no centro da sala que começava a ficar
azulada pela noite, feito o interior de um aquário, o bilhete de
Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de
respirar”
Marque a alternativa correta.
(A) No texto I, temos um narrador-onisciente e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(B) No texto II, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa.
(C) No texto III, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(D) No texto I, temos um narrador-observador e o foco narrativo em 1ª pessoa.
(E) No texto III, temos um narrador-personagem e o foco narrativo em 3ª pessoa.