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01.Quais as fontes criticadas por Nietzsche como responsáveis pela inversão de valores?
Soluções para a tarefa
igreja católica
Sócrates
idade média
Resposta:
Nietzsche entende o Cristianismo enquanto negação da vida e/ou Religião da decadência. A crítica de Nietzsche ao Cristianismo tem como alvo o sujeito enquanto agente moral.
Para ele, tanto o racionalismo socrático dialético como a bondade cristã são medicamentos danosos ao homem, pois privilegiam a fraqueza. Nietzsche acredita que dentre as possibilidades infinitas de configuração de sentido do mundo (e a do cristianismo e socratismo são vitoriosas), a do monstro do homem bom, a idéia de fazer o homem bom, é uma tarefa de extrema fraqueza, por querer confinar o homem não apenas na bondade, mas, também, na seriedade, no racionalismo. Para ele, não se pode confinar o homem nem na moral nem na lógica.
Neste sentido, no seu entendimento, Sócrates representa um remédio para uma crise na Grécia antiga, que já não podia ser trágica, naquele tempo. Assim, a verdade em Sócrates tem um sentido ético – é a expressão de alma superior que o homem pode atingir. Sócrates representa um momento importante da cultura da consciência que Nietzsche quer destruir.
Quanto a Jesus Cristo, para Nietzsche, ele foi um anarquista religioso e sua função foi perturbar a lei, afrontá-la. O crime de Jesus, portanto, foi exatamente se opor à lei; à razão dominante. Assim, seu pecado foi político, e não, religioso. Cristo quis colocar a fé acima da lei; por isso foi morto. Nietzsche radicaliza essa idéia na sua crítica ao cristianismo, e por extensão, à moralidade gregária.
Em sua interpretação da psicologia do cristianismo, estabelece diferenças entre a moral do senhor e a moral do escravo, para mostrar como ocorreu a inversão dos valores aristocráticos, e teve início, na moral, a sublevação dos escravos, que deu origem ao cristianismo, que ele vê não como uma dogmática, uma revelação divina, mas um sistema de valores ancorado no sentimento de vingança.