Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Sócrates
Escolha uma:
a. Sócrates é considerado um divisor de águas na Filosofia graças a sua teoria ética sobre a imobilidade do Ser. Por isso, sua missão sempre foi a investigação de um fundamento absoluto da moral
b. O fim último do método dialético socrático era a refutação do seu interlocutor. Assim sendo, é legítimo afirmar que o reconhecimento da própria ignorância equivale à constatação de que a verdade é relativa a cada indivíduo
c. Sócrates estabelece uma ligação muito estreita entre o conhecimento da virtude e a ação humana, a ponto de sustentar que aquele que conhece o que é o correto não pode agir erroneamente, visto que o erro de conduta é fruto da ignorância sobre a verdade
d. Sócrates fazia uso de um método refutativo de investigação, o que significa que seu principal intento era levar o interlocutor à contradição, independentemente se o último estivesse ou não com a razão
e. Sócrates fazia uso de um raciocíno lógico dedutivo
Soluções para a tarefa
Sócrates estabelece uma ligação muito estreita entre o conhecimento da virtude e a ação humana. Logo, a alternativa C é a correta.
O exame da alma constitui, para Sócrates, simultaneamente uma investigação acerca da verdade e a escolha de um modo de vida virtuoso.
Seu objetivo é romper com a Amathia (prepotência), não com a Agnoia (ignorância). A afirmação clássica do Sócrates – como uma douta ignorância – é o que nos permite concluir que Sócrates parte do problema epistemológico dos sofistas para desaguar num problema ético: o problema não é não saber, é pressupor que sabe muito
VIRTUDE E CONHECIMENTO SÃO A MESMA COISA = não se separa conhecimento teórico do prático, em Sócrates.
A pergunta ética por excelência é “O que é o bem viver?”. Em Sócrates, buscar o conhecimento (leia-se: autoconhecimento) é indissociável da moralidade. Virtude é esse conhecimento. Ninguém erra deliberadamente, diz Sócrates. Nem é mau voluntariamente (quem vê o melhor também necessariamente o faz).
É da virtude que vem a riqueza, não da riqueza que vem a virtude. A virtude não é mais um dom divino, mas algo a ser aprendido, não como valores externos, mas como autoconhecimento interno.
Exemplos:
- coragem – Laques
- piedade – Eutífron
- amizade – Lísis
Sócrates tenta defini-los universalmente, destruindo as premissas questionáveis dos outros.
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