Leia o texto:
Minha mulher, a solidão,
Consegue que eu não seja triste.
Ah, que bom é ao coração
Ter este bem que não existe!
Recolho a não ouvir ninguém,
Não sofro o insulto de um carinho
E falo alto sem que haja alguém:
Nascem-me os versos do caminho.
Senhor, se há bem que o céu conceda
Submisso à opressão do Fado,
Dá-me eu ser só - veste de seda -,
E fala só - leque animado.
(Fernando Pessoa, Poesias coligidas. Inéditas 1919-1935. Em: Obra poética em um volume, 1986)
Na primeira estrofe, Fernando Pessoa se vale de duas figuras para expressar a atitude do eu lírico diante da solidão; trata-se, respectivamente, de quais figuras de linguagem?
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Resposta:
É uma metáfora, pois faz uma comparação implícita!
Espero ter ajudado!
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