Leia o texto: Como todos sabemos, as crianças tendem a perguntar repetidamente: “Por quê? Elas não levam muito tempo para questionar algumas de nossas crenças mais fundamentais. Os filósofos têm uma tendência semelhante à das crianças a questionar fundamentos – a fazer aquelas perguntas básicas que, em nossas vidas diárias, podem simplesmente não nos ocorrer porque fazem parte do que costumamos considerar óbvio. Embora possa ser divertido, pensar filosoficamente pode também ser perturbador. (LAW, Stephen. Guia ilustrado Zahar: filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008, p. 15) No texto acima, o autor usa o adjetivo perturbador indicando bem mais que a Filosofia é subversiva. A partir do exposto, disserte sobre a importância de se questionar fundamentos e, ao fazê-lo, se é proveitoso.
Soluções para a tarefa
O pensar filosófico abarca inicialmente duas dimensões: a humildade diante da ignorância e a admiração radical praticada por todo bom filósofo: tomar as coisas como desconhecidas, o mundo como enigma a decifrar, as verdades por desvelar e ser capaz de reconhecer a finitude humana do ato de conhecer.
Se nos perguntamos acerca de algo, diz Aristóteles, é porque o ignoramos. Se soubéssemos, não haveria sentido na pergunta. Assim, pensar sobre a questão do que é a Filosofia, implica reconhecer que, afinal, se “ignora” o que se pergunta.
Porque, exatamente, uma característica da filosofia, consiste em que, como diz Schopenhauer, “ela não pressupõe nada de conhecido, mas que, pelo contrário, tudo lhe é igualmente estranho e problemático, não só as relações dos fenômenos, mas os próprios fenômenos”
Portanto, seu caráter perturbador fica à frente de sondar o desconhecido, não de maneira aleatória, mas impondo regras na forma de pensar que fundamentam uma ousadia, ao argumentar sobre questões inquietantes, procurando esclarecer sobre o homem e o mundo.
Bons estudos!