Há uma revolução em curso na educação, promovida, entre outras coisas, pela difusão de tecnologias da informação e comunicação. Como resume Rui Fava em Educação 3.0: “No que se refere à informação, este foi o mais rápido período de transformação tecnológica que o mundo vivenciou. Muito tempo antes de Gutenberg desenvolver a imprensa europeia e produzir suas primeiras Bíblias, os chineses inventaram a imprensa, porém, por vários séculos, poucas pessoas puderam comprar ou ter acesso aos escritos ou livros impressos. Em contraste, num período de poucas décadas, ocorreu a invenção e adoção das tecnologias digitais por mais de um bilhão de pessoas no mundo todo. Apesar da enorme utilização de tecnologias, nenhum geração ainda viveu toda uma vida na era digital. Isso faz com que tenhamos que buscar novos paradigmas, novos modelos mentais, novos hábitos e, para isso, alguém tem que ceder e certamente esse alguém são os emigrantes digitais”. (FAVA, Rui. Educação 3.0. Como ensinar estudantes com culturas tão diferentes. p. 6) Entrando na discussão envolvendo novas tecnologias e novos paradigmas, analise a realidade brasileira e a capacidade de competir no mercado global tendo como fundo a educação oferecida hoje em dia às nossas crianças. Perguntas norteadoras: até que ponto nossas crianças estão sendo preparadas para competir no mundo globalizado? Existe uma distância entre necessidade e realidade no contexto educacional? Por quê? E se sim, como superá-la?
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Já trabalhei como professor em escolas municipais e posso falar da minha reallidade em relação ao tema.
Não posso falar das escolas do Brasil como um todo, mas posso afirmar que, nas que tenho trabalhado ou visitado, ainda há uma distância muito grande entre o que se poderia fazer e o que se tem feito.
Ainda se usa incessantemente o quadro-negro e poucas escolas ou professores se mostram abertos ou estão preparados para o uso das tecnologias em sala de aula. Mesmo quando preparados, ainda são escarços os recursos físicos ou financeiros para a sua efetiva implementação.
Veja o caso das salas de informática: geralmente não dispõem de computadores suficientes para que todos os alunos de uma turma (normalmente, 34 deles) possam utilizá-los. Mesmo com professores qualificados para trabalhar com essas máquinas na escola, há entraves técnicos que dificultam o trabalho. Deslocar os alunos da sala de aula "normal" para a de informática e trabalhar os conteúdos nem sempre corre como planejado, devido a entraves técnicos, por exemplo: computadores apresentam defeitos e às vezes é muito difícil se obter assistência técnica qualificada para mantê-los em funciomento.
Há também uma série de softwares que auxiliam professores e alunos em sala de aula (além de equipamentos com projetor multimídia. A lista de recursos tecnológicos é vasta), no entanto, é raro encontrar um professor disposto a fazer uso desses softwares e, quando se encontra o professor, há casos nos quais a direção ou a estrutura da escola não permitem seu uso em sala de aula.
Para mudar esse quadro, além de se investir na formação dos professores que vão levar essas tecnologias para as salas de aula, precisa-se também integrar a equipe, tanto escolar quanto familiar para que seu uso se torne eficiente. Todos devem trocar experiências entre si e analisar quais tecnologias se adaptam melhor ao ensino de um certo tema e utilizá-las de forma correta. Obviamente, o investimento nos recursos físicos e materiais se faz necessário: não adianta adquirir diversos aparelhos ou sistemas voltados ao ensino se não se possui um espaço adequado para seu uso, nem mesmo um programa de manutenção preventiva e continuada para manter esses aparelhos funcionando pelo maior espaço de tempo possível.
Não posso falar das escolas do Brasil como um todo, mas posso afirmar que, nas que tenho trabalhado ou visitado, ainda há uma distância muito grande entre o que se poderia fazer e o que se tem feito.
Ainda se usa incessantemente o quadro-negro e poucas escolas ou professores se mostram abertos ou estão preparados para o uso das tecnologias em sala de aula. Mesmo quando preparados, ainda são escarços os recursos físicos ou financeiros para a sua efetiva implementação.
Veja o caso das salas de informática: geralmente não dispõem de computadores suficientes para que todos os alunos de uma turma (normalmente, 34 deles) possam utilizá-los. Mesmo com professores qualificados para trabalhar com essas máquinas na escola, há entraves técnicos que dificultam o trabalho. Deslocar os alunos da sala de aula "normal" para a de informática e trabalhar os conteúdos nem sempre corre como planejado, devido a entraves técnicos, por exemplo: computadores apresentam defeitos e às vezes é muito difícil se obter assistência técnica qualificada para mantê-los em funciomento.
Há também uma série de softwares que auxiliam professores e alunos em sala de aula (além de equipamentos com projetor multimídia. A lista de recursos tecnológicos é vasta), no entanto, é raro encontrar um professor disposto a fazer uso desses softwares e, quando se encontra o professor, há casos nos quais a direção ou a estrutura da escola não permitem seu uso em sala de aula.
Para mudar esse quadro, além de se investir na formação dos professores que vão levar essas tecnologias para as salas de aula, precisa-se também integrar a equipe, tanto escolar quanto familiar para que seu uso se torne eficiente. Todos devem trocar experiências entre si e analisar quais tecnologias se adaptam melhor ao ensino de um certo tema e utilizá-las de forma correta. Obviamente, o investimento nos recursos físicos e materiais se faz necessário: não adianta adquirir diversos aparelhos ou sistemas voltados ao ensino se não se possui um espaço adequado para seu uso, nem mesmo um programa de manutenção preventiva e continuada para manter esses aparelhos funcionando pelo maior espaço de tempo possível.
tamaeyoshikawa:
realidade brasileira
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