Explique como as metáforas da criança e do doente se contrapõem à democracia praticada na ágora.
Soluções para a tarefa
DEMOCRACIA NA ÁGORA
Eram as praças públicas na Grécia Antiga, onde os gregos decidiam diversos assuntos, votavam e debatiam em conjunto.
METÁFORA DA CRIANÇA
Segundo Heráclito, a criança é um ser vivaz, pequeno e que não está corrompido pelo sistema político decadente. Para ele, poderia viver momentos felizes com as crianças e abandonar homens volúveis, tacanhos, de opiniões contraditórias e mesquinhas.
Com olhar afirmativo que procura compreender a realidade, a criança deve ser estimulada a pensar sobre as questões do mundo.
Assim, Heráclito valorizava o isolamento pessoal em relação as massas para que sua compreensão do mundo não fosse degenerado, rejeitando assim a ação política que era desenvolvida pelos seus conterrâneos. Esta situação é completamente contrária a democracia praticada na ágora, em que os homens discutiam entre si as decisões, além dos eventos religiosos e econômicos da pólis.
METÁFORA DO DOENTE
Para os gregos da antiguidade, a doença era uma punição oriunda de comportamentos ou de ancestrais que cometeram delitos. Na literatura, a doença é o resultado de uma possessão demoníaca ou oriunda de causas naturais, também como punição, como nas epopeias Ilíada e Odisseia.
Tucídides relata uma praga que atingiu Atenas em 430 a.C. em forma de prosa, que é considerado notório na literatura grega, dando uma reposta social a peste. Esta praga ocorreu em meio a Guerra do Peloponeso.
Tucídides em 424 a.C. foi eleito general (possivelmente por possuir influência na região de Anfípolis) e, após perder a cidade em um ataque surpresa, foi condenado a traição, se exilando por 20 anos.
Entretanto, o tempo livre e dedicado de Tucídides o permitiu a "obter um melhor entendimento do curso dos eventos”, principalmente do lado peloponense. Além das observações políticas, conseguiu observar a resistência à reinfecção do corpo nas pessoas antes infectadas, fazendo duvidar da doença como punição.
Assim, mantendo-se distante da política e da pólis, Tucídides conseguiu observar melhor as causas e necessidades, algo que Heráclito já havia apresentado como necessário nas análises e trabalhos intelectuais.