Eu preciso urgente mente de uma resenha boa do livro "Criatura contra criador" da Sarah.K
Soluções para a tarefa
O livro Aparições fantasmagóricas inexplicáveis
ou um assassino de carne e osso? A partir de uma
experiência com a paranormalidade, Victor, professor
de literatura, sente-se amedrontado e perdido, no limiar
entre ficção e realidade, pois depara inesperadamente
com um personagem criado por ele e descrito na sinopse.
do livro que pretendia escrever. Nessa sinopse, esboçava o
enredo de um romance policial em que assassinatos em
série seriam inspirados em célebres crimes da literatura
clássica. Não consegue escrever a história e não a comenta
com ninguém, deixando em segredo o desejo de produzir
o romance. Entretanto, começam a ocorrer homicídios
exatamente iguais aos que ele havia idealizado, e uma aparição
passa a persegui-lo incessantemente. Por meio da narrativa
policial e tensa, a autora consegue trazer para o universo do
romance alguns clássicos da literatura universal, colocando
o leitor em contato com importantes e celebrados autores
como Shakespeare, Victor Hugo e Dostoiévski.
INTERPRETANDO O TEXTO
“Morte!” tinha soprado o espírito durante uma sombria e
apavorante sessão mediúnica de que participara o narrador
da história. Mas que espírito? E morte de quem?
Assim começa a misteriosa trama de Criatura contra criador.
No trem de volta a sua cidade, após a participação em um se-
minário sobre literatura fantástica, o professor Victor Bocchini,
que narra a história, vê surgir de repente, do outro lado da porta
de vidro do vagão, uma estranha aparição. Quem ou o quê se-
ria aquele vulto? O narrador pensa reconhecê-lo pela aparência
descuidada e provocativa: trata-se de alguém exatamente igual
ao personagem que criara ficticiamente. Aturdido, o professor
considera totalmente impossível essa hipótese: aquele estranho
vulto só podia ser um fantasma, fruto de sua imaginação.
Eis o primeiro enigma da narrativa: como é possível um per-
sonagem de ficção surgir diante de seu criador? O estranho desa-
parece, mas deixa como prova de sua existência um jornal aberto
na página de uma notícia sobre um corpo boiando no rio Sena.
Apavorado, o narrador reconhece as circunstâncias do primeiro
homicídio de seu romance, inspirado na morte de Ofélia, per-
sonagem da tragédia Hamlet, de Shakespeare. De que modo o
assassino teria tomado conhecimento de suas ideias? Neste mo-
mento, a trama adquire seu contorno policial, carregado de mis-
tério: um crime aconteceu e um enigma tem de ser desvendado.
Dias depois, ainda impressionado, o professor vê surgir na
janela de sua sala de aula a mesma inexplicável aparição do ho-
mem sinistro. Amedrontado, percebe que esse estranho conhece
seus hábitos, sabe onde encontrá-lo. Em outra ocasião, Victor é
preso no cubículo da lixeira de seu prédio por alguém que trava
a porta do lado de fora. O clima de terror da cena é reforçado por
um bilhete da aparição ao seu criador: “Por que me abandonas-
te?”. A relação entre a criatura e o criador, sendo a criatura uma
espécie de “sombra” daquele que a imaginou, traz à tona o mito
do duplo, em que a dualidade, a disparidade, se faz presente.
Angustiado pelo medo e obcecado pelo mistério, Victor conta
tudo a seu melhor amigo, Pierre, professor derrotado que odeia
o que faz. Fala do primeiro homicídio cometido por seu per-
sonagem e menciona que o próximo crime seria inspirado no
romance Crime e castigo, de Dostoiévski, com a vítima morta a
machadadas. Quem seria a próxima vítima? O assassino estaria
imitando o personagem?
Suspense no ar
Nessa atmosfera, a narrativa prossegue, enfatizando os recur-
sos do modo de contar um romance policial: a instauração de
um clima de terror; a manutenção do suspense; a superposição de
enigmas aparentemente insolúveis; a suposição de o criminoso
ser alguém próximo do protagonista.
Entra em cena o detetive Michel Bescond, agente da polícia,
que comunica ao narrador a ocorrência do segundo homicídio:
uma velha mendiga fora morta a golpes de machado na lixei-
ra do prédio: a ação do assassino novamente fora fiel às ideias
de Victor. Surgem os mesmos pânico, mistério e suspense, mas
agora acrescidos de um novo ingrediente: a análise fria dos acon-
tecimentos feita por alguém até então ausente da narrativa. A
presença de um investigador, no romance policial, tem como ob-
jetivo o resgate da verdade, separando a ilusão e a emoção dos
fatos, com base na razão. Conforme a investigação avança, cada
um dos personagens parece ter motivos para praticar os crimes.
Resposta:
Victor, professor apaixonado por literatura fantástica, está escrevendo um livro sobre assassinatos em série. Logo após o início do ano letivo, um homem assustador passa a persegui-lo e é responsável por dois assassinatos, como o personagem de seu romance. O suspense e o medo são componentes fundamentais dessa trama, inspirada em personagens e autores da literatura universal.