escravizados e dedicação dos espartanos a guerra
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ESPARTANOS
A origem de Esparta está ligada à invasão do
último povo de origem europeia a ocupar a Grécia
Antiga – os Dórios, por volta de 1100 a.C.. Dominando
a fundição do ferro, derrotaram os povos que
encontraram no Peloponeso, assimilando a cultura
cretense e micênica. O Estado Espartano era um dos
mais antigos da Grécia, fundado no séc. IX a.C.. Após a
conquista da Messênia, constituiu-se na maior cidade-
Estado grega, com mais de 5000 km² de área e, ao
contrário do restante da Grécia, dispunha de solo fértil
e bastante água.
Os descendentes dos messênios tornaram-se
escravos do Estado – eram chamados hilotas (200 mil)
– que trabalhavam nas terras dos espartanos. Já os
descendentes dos aqueus, eram os periecos (cerca de
30.000) – homens livres que pagavam tributos aos
espartanos – camada social sem direitos políticos, mas
em caso de guerra participariam dela. A classe
dominante era formada por 10.000 famílias, sendo que
só os maiores de 30 anos tinham direitos políticos –
era uma sociedade governada por poucos (oligarquia).
Os espartanos dedicavam-se exclusivamente ao serviço
militar, onde todo homem com idade entre 20 e 60
anos estaria de prontidão em caso de guerra. A
dedicação exclusiva para a guerra explica-se pelo
receio constante de revoltas dos hilotas, por isso os
frequentes ataques preventivos aos mesmos (as
criptias). Esparta era governada por dois reis, que
tinham funções políticas e religiosas, e também
participavam do Conselho de Anciãos (Gerúsia),
composta por homens de mais de 60 anos. Existia a
Assembleia do Povo (Ápella), formada por espartanos
com mais de 30 anos, sendo sua função aprovar ou
não as decisões da Gerúsia.
Os costumes espartanos estavam também
voltados para a questão militar. Para o Estado era
fundamental que todo espartano fosse apto para a
guerra – os recém-nascidos com defeitos físicos eram
mortos. Desde pequenos os espartanos tinham de
seguir uma disciplina extremamente rígida – a
educação dos jovens era quase inteiramente dirigida
pelo Estado – eles aprendiam muito pouco de leitura,
escrita, canto e poesia – quase todo o tempo era
dedicado aos exercícios físicos e aos preparativos para
a guerra. Aos sete anos de idade eram afastados da
família e os meninos já participavam de uma pequena
tropa que praticava, sob orientações de um instrutor,
exercícios atléticos e de ginástica. Entre 12 e os 30
anos, os homens dormiam em alojamentos coletivos
com os companheiros da mesma faixa etária,
obrigação válida também para os casados. Depois de 30
anos podiam casar e ter família, mas uma vez por dia,
eram obrigados a participar das refeições em comum.
As espartanas eram bastante livres – faziam exercícios
físicos, e também recebiam treinamento militar – mas
sua maior obrigação era gerar e criar filhos saudáveis
para serem fortes guerreiros no futuro. Esparta era
uma sociedade escravista, militarista e oligárquica...