Em verdade, Sócrates – tornou então Cebes – é precisamente esse também o sentido daquele famoso argumento que (suposto seja verdadeiro) tens o hábito de citar amiúde. Aprender, diz ele, não é outra coisa senão recordar. Se esse argumento é de fato verdadeiro, não há dúvida que, numa época anterior, tenhamos aprendido aquilo de que no presente nos recordamos. Ora, tal não poderia acontecer se nossa alma não existisse em algum lugar antes de assumir, pela geração, a forma humana. Por conseguinte, ainda por esta razão é verossímil que a alma seja imortal. PLATÃO. Fédon, 1970. O diálogo platônico Fédon retrata os últimos momentos de Sócrates, antes da sua execução. O diálogo transcorre na prisão e Cebes, discípulo de Sócrates, apresenta a teoria da imortalidade da alma, que está ligada a) à concepção da espontaneidade do conhecimento e ao elogio do homem como naturalmente sábio. b) à concepção da semelhança do saber humano com o divino e à natureza religiosa dos diálogos platônicos. c) à noção do saber como reminiscência e ao método socrático de perguntas e respostas. d) à concepção da mente humana como incapaz de conhecer e à oposição socrática aos ensinamentos filosóficos. e) à noção da filosofia como preparação para a morte e ao desprezo platônico pela reflexão política.
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Resposta:
Letra C
Explicação:
Cebes, discípulo de Sócrates, apresenta nesse trecho a teoria da imortalidade da alma. Segundo ela, o saber seria cumulativo e não se perderia em nossa alma. Assim, aquilo que sabemos hoje é o que aprendemos em uma época anterior, e a alma imortal levaria consigo os conhecimentos acumulados em suas diferentes vivências.
Espero ter ajudado.
CEPMG-HCR né
isasantos05:
Sim, você também é aluno?
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