Em que o intenso comércio de Gana contribuiu?
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Resposta:
A introdução do dromedário, que precedeu os muçulmanos e o Islã em vários séculos, trouxe uma mudança gradual no comércio e, pela primeira vez, o ouro, marfim, sal e os recursos da região puderam ser enviados ao norte e ao leste, para o norte da África, Oriente Médio e Europa, em troca de bens manufaturados.[3]
O império enriqueceu com o comércio transaariano em ouro e sal. Este comércio produziu um superávite crescente, permitindo maiores centros urbanos. Também incentivou a expansão territorial para ganhar controle sobre as rotas de comércio.[5]
A primeira menção escrita sobre o reino vem na língua árabe, em fontes de algum tempo após a conquista do norte da África pelos muçulmanos, quando geógrafos começaram a compilar notas do mundo conhecido em torno de 800. As fontes para os períodos anteriores são reticentes quanto ao seu governo, sociedade ou cultura, embora elas descrevam a sua localização e as suas relações comerciais. O estudioso de cordovês Albacri coletou histórias de viajantes da região e deu uma descrição detalhada do reino em 1067/1068.[1] Ele alegou que o Gana poderia "colocar 200 000 homens para o campo, mais de 40 000 deles arqueiros" e notou que também tinham forças de cavalaria.
A maioria das nossas informações sobre a economia do império do Gana vem de comerciantes e, portanto, sabemos mais sobre os aspectos comerciais da sua economia e menos sobre a maneira como os governantes e nobres tributavam. Albacri observou que os comerciantes tinham de pagar um imposto em dinar de ouro sobre as importações de sal, e dois sobre as exportações de sal. Outros produtos de impostos fixos eram o cobre e outros bens. Importações provavelmente incluíam produtos como os têxteis, ornamentos e outros materiais. Muitos dos antigos produtos artesanais de couro encontrados em Marrocos podem ter suas origens no Império do Gana.
O centro principal do comércio foi Cumbi-Salé. O rei firmou controle sobre todas as pepitas de ouro e permitiu que outras pessoas tivessem posses apenas em ouro em pó]. Além da influência exercida pelo rei para regiões locais, o tributo também foi recebido de vários estados tributários e chefias para as periferias do império. A introdução do camelo desempenhou um papel fundamental no sucesso dos soninquês, permitindo que os produtos e bens fossem transportados de forma muito mais eficiente em todo o Saara. Esses fatores ajudaram o império a continuar poderoso por muito tempo, proporcionando uma economia rica e estável que duraria por vários séculos.
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