Elabore uma notícia para um telejornal sobre o apartheid, contendo as seguintes informações: o que é, onde e quando ocorreu, causas, consequências, como e quando acabou.
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Bro Bricks hoje caminha solitário. Não convive mais com os antigos companheiros da luta anti-Apartheid, que lutam agora só para ganhar dinheiro, queixa-se ele. Esqueceram de quem Bro Bricks sempre tomou conta, dos mais pobres.
Os projeto que ele toca, de reciclagem de lixo, é uma das poucas oportunidades de se ganhar dinheiro em Oragen Farme. É uma favela a 60 quilômetros de Joanesburgo.
Mais da metade dos adultos não tem emprego, crianças crescem no esgoto a céu aberto, mas, perto dali, a maior cidade do país mudou bastante.
Desde que o Apartheid acabou, Joanesburgo ganhou pelo menos mais um centro de negócios, ganhou novos bairros residenciais de alta renda, com novo tipo de moradores também. Gente como Biko, 32 anos, bem sucedido empresário no ramo da computação gráfica.
Para os padrões da desigualdade social da África do Sul e também do Brasil, Biko é um homem rico que vive protegido por muros em condomínios fechados. Igualzinhos aos brancos, apontados ainda com os donos da economia do país.
Uma parte do seu sucesso Beecko deve ao país, que são veteranos da luta anti-Apartheid, e que tem ótimos contatos políticos com o partido do poder, o Congresso Nacional Africano, antigo Movimento de Libertação.
Gente como o veterano lutador Bo Bricks não entende que a maior questão é criar oportunidades, principalmente pela educação. Maior economia da África, industrializada e sofisticada, a África do Sul criou depois do Apartheid um ambicioso programa de incentivo de criação de uma classe média.
Hoje, vê-se nos shoppings de ricos da cidade, negros que antes só entrariam ali como empregados e que agora são paparicados consumidores. Antes mesmo da Copa do Mundo, a África do Sul já dispunha de excelente infraestrutura viária na qual a nova classe média ajuda a engrossar os monumentais congestionamentos.
Em boa parte um 'boom' criado com subsídios do governo, como em Cosmo City. Uma fazenda abandonada pelo dono branco virou um paraíso da nova classe média. Com financiamento camarada do poder público, empresários oferecem casas a partir do equivalente a R$ 100 mil. É bem menos do que custa um carro de luxo.
Mas o resultados na formação de uma nova classe média são inferiores ao que se diz, afirma Anfreya Jeffrey, a pesquisadora chefe do principal instituto de pesquisa sociais na África do Sul.
As políticas afirmativas na prática não incentivaram o surgimento de um empresariado negro, diz ela, mas facilitaram a formação de um grupo que se beneficia das ligações com o partido do governo.
A raiz do dilema sul-africano chama-se, paradoxalmente, Nelson Mandela. O símbolo da reconciliação após o regime cruel do Apartheid acabou criando a expectativa de que também a justiça social viria com igual facilidade.
O primeiro presidente pós Mandela, Mbeki, era um político frio empenhado, antes de qualquer coisa, em manter a economia crescendo. Foi derrubado pelo atual presidente Zuma, protagonista de repetidos escândalos, incluindo de corrupção.
Apenas no mais recente, desta última semana, Zuma foi vítima: uma de suas quatro esposas o traiu com um guarda costas. Grave ofensa para quem, como Zuma, se considera antes de mais nada um guerreiro zulu, chefe de clã, e responsável por garantir prosperidade aos seus.
O atual governo pensa em redistribuição, mas não resolveu a questão do crescimento, única maneira de se solucionar o desemprego, diz a pesquisadora, Anfreya Jeffrey.
Alexandrar é um dos bairros pobres e fica bem no centro de Joanesburgo. Desde que o Apartheid acabou, em 1994, e lá se vão 16 anos, pouca coisa mudou. A não ser, talvez, o fato de que os mais pobres, entre os mais pobres, os estrangeiros, estão sendo expulsos
É o caso de Salim, eletricista moçambicano, que tem medo agora dos sul-africanos que o acusam de roubar seus empregos. "Temos medo".
Ao lado do barraco onde Salim se esconde, uma moradora repete uma queixa comum, de que nada mudou. Talvez não na velocidade e na profundidade desejadas, mas há sinais evidentes de mudanças positivas.
Na fila do restaurante de fast food a cena pode parecer comum para os brasileiros, mas era impensável há pouco tempo ainda para os sul-africanos: crianças negras e brancas juntas.
Mesmo nos lugares mais pobres, como a favela Orange Farm, há um notável sentido de improvisação. Como o jovem que sonha em ser DJ e montou seu próprio equipamento a partir de sucata de informática.
Bro Bricks, o nome dele é 'Irmão Tijolo' em português, tem razão quando diz que muito pouco foi feito. A Copa para ele é desperdício de dinheiro. Biko, seu nome é uma homenagem a uma vitima do Apartheid, acha que a questão central está resolvida.
A África do Sul é um país de muitas raças, etnias, culturas. Um arco íris, como os sul-africanos gostam de dizer, refletido na própria bandeira. Só que a maioria não viu o prometido pote de ouro.
Os projeto que ele toca, de reciclagem de lixo, é uma das poucas oportunidades de se ganhar dinheiro em Oragen Farme. É uma favela a 60 quilômetros de Joanesburgo.
Mais da metade dos adultos não tem emprego, crianças crescem no esgoto a céu aberto, mas, perto dali, a maior cidade do país mudou bastante.
Desde que o Apartheid acabou, Joanesburgo ganhou pelo menos mais um centro de negócios, ganhou novos bairros residenciais de alta renda, com novo tipo de moradores também. Gente como Biko, 32 anos, bem sucedido empresário no ramo da computação gráfica.
Para os padrões da desigualdade social da África do Sul e também do Brasil, Biko é um homem rico que vive protegido por muros em condomínios fechados. Igualzinhos aos brancos, apontados ainda com os donos da economia do país.
Uma parte do seu sucesso Beecko deve ao país, que são veteranos da luta anti-Apartheid, e que tem ótimos contatos políticos com o partido do poder, o Congresso Nacional Africano, antigo Movimento de Libertação.
Gente como o veterano lutador Bo Bricks não entende que a maior questão é criar oportunidades, principalmente pela educação. Maior economia da África, industrializada e sofisticada, a África do Sul criou depois do Apartheid um ambicioso programa de incentivo de criação de uma classe média.
Hoje, vê-se nos shoppings de ricos da cidade, negros que antes só entrariam ali como empregados e que agora são paparicados consumidores. Antes mesmo da Copa do Mundo, a África do Sul já dispunha de excelente infraestrutura viária na qual a nova classe média ajuda a engrossar os monumentais congestionamentos.
Em boa parte um 'boom' criado com subsídios do governo, como em Cosmo City. Uma fazenda abandonada pelo dono branco virou um paraíso da nova classe média. Com financiamento camarada do poder público, empresários oferecem casas a partir do equivalente a R$ 100 mil. É bem menos do que custa um carro de luxo.
Mas o resultados na formação de uma nova classe média são inferiores ao que se diz, afirma Anfreya Jeffrey, a pesquisadora chefe do principal instituto de pesquisa sociais na África do Sul.
As políticas afirmativas na prática não incentivaram o surgimento de um empresariado negro, diz ela, mas facilitaram a formação de um grupo que se beneficia das ligações com o partido do governo.
A raiz do dilema sul-africano chama-se, paradoxalmente, Nelson Mandela. O símbolo da reconciliação após o regime cruel do Apartheid acabou criando a expectativa de que também a justiça social viria com igual facilidade.
O primeiro presidente pós Mandela, Mbeki, era um político frio empenhado, antes de qualquer coisa, em manter a economia crescendo. Foi derrubado pelo atual presidente Zuma, protagonista de repetidos escândalos, incluindo de corrupção.
Apenas no mais recente, desta última semana, Zuma foi vítima: uma de suas quatro esposas o traiu com um guarda costas. Grave ofensa para quem, como Zuma, se considera antes de mais nada um guerreiro zulu, chefe de clã, e responsável por garantir prosperidade aos seus.
O atual governo pensa em redistribuição, mas não resolveu a questão do crescimento, única maneira de se solucionar o desemprego, diz a pesquisadora, Anfreya Jeffrey.
Alexandrar é um dos bairros pobres e fica bem no centro de Joanesburgo. Desde que o Apartheid acabou, em 1994, e lá se vão 16 anos, pouca coisa mudou. A não ser, talvez, o fato de que os mais pobres, entre os mais pobres, os estrangeiros, estão sendo expulsos
É o caso de Salim, eletricista moçambicano, que tem medo agora dos sul-africanos que o acusam de roubar seus empregos. "Temos medo".
Ao lado do barraco onde Salim se esconde, uma moradora repete uma queixa comum, de que nada mudou. Talvez não na velocidade e na profundidade desejadas, mas há sinais evidentes de mudanças positivas.
Na fila do restaurante de fast food a cena pode parecer comum para os brasileiros, mas era impensável há pouco tempo ainda para os sul-africanos: crianças negras e brancas juntas.
Mesmo nos lugares mais pobres, como a favela Orange Farm, há um notável sentido de improvisação. Como o jovem que sonha em ser DJ e montou seu próprio equipamento a partir de sucata de informática.
Bro Bricks, o nome dele é 'Irmão Tijolo' em português, tem razão quando diz que muito pouco foi feito. A Copa para ele é desperdício de dinheiro. Biko, seu nome é uma homenagem a uma vitima do Apartheid, acha que a questão central está resolvida.
A África do Sul é um país de muitas raças, etnias, culturas. Um arco íris, como os sul-africanos gostam de dizer, refletido na própria bandeira. Só que a maioria não viu o prometido pote de ouro.
rafaelarg007:
Muito obrigada, só que poderia ser mais curto e direto :)
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