CONSUMIDOR E CIDADÃO
O consumidor brasileiro encontra melhores meios de exercer seus direitos do que o cidadão.
Os amplos recursos do recente Código de Defesa do Consumidor e a relativa agilidade dos Procons, em contraste com a morosidade da Justiça, impulsionaram um significativo aumento das atividades nessa área durante a década de 90.
A atuação dos Procons e de outras entidades privadas qualificadas para defender interesses coletivos parece ser também uma forma de responder à inoperância do Estado no que se refere aos direitos do cidadão.
A multiplicação de órgãos como os Procons e, de outra parte, dos centros de atendimento a clientes é um sinal de evolução do mercado brasileiro e mesmo de parte da sociedade. Mas esse fato mesmo é um indicador do atraso do país, pois faz pensar no que em geral ocorre quando, em lugar de uma empresa, quem está do outro lado do balcão é o Estado.
Donas-de-casa reunidas para zelar pela qualidade de produtos ou associações de "vítimas de atrasos aéreos", por exemplo, batem-se por questões que deveriam estar salvaguardadas pelo poder público.
O cidadão que utiliza o serviço público de saúde e é mal atendido não encontra um recurso comparável ao serviço que os Procons prestam a clientes insatisfeitos de seguros de saúde privados. O brasileiro está muito mais bem atendido quando se trata de reclamar contra produtos defeituosos, propaganda enganosa ou serviços privados mal prestados do que quando o problema está na escola pública ou na polícia.
O rápido crescimento das atividades ligadas a direitos do consumidor, entretanto, também exige algumas cautelas, seja contra uma atuação abusiva desses organismos, seja quanto a sua politização. Mas o que sobressai desse contraste entre consumidor e cidadão é que o atraso do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos não está apenas na economia. A distância é enorme quando se trata de respeito ao cidadão.
(Folha de S. Paulo, 29/04/1998)
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O gênero empregado no texto é o da Reportagem.
Isso ocorre devido ao fator não literário, sendo um texto de cunho jornalístico, que é veiculado pelos meios de comunicação. Isto é, jornais, revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros.
Esses textos são escritos pelos repórteres, que têm importante missão de abordar temas de caráter geral relacionados à sociedade, como o que podemos observar no texto acima.
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