Como fazer um conto fantástico?
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Resposta:
O conto, como gênero literário da prosa de ficção, representa, consideravelmente, os acontecimentos humanos. Por sua brevidade, gera tensões condicionadoras de várias situações, narradas em um certo espaço de tempo.
Caracteriza-se por apresentar a narratividade como marca essencial. Além disso, apresenta brevidade, opondo-se à novela e ao romance, quanto à sua extensão. Outros elementos estruturais acentuam as especificidades do conto como gênero literário: o reduzido número de personagens; a concentração do espaço e do tempo em um único relato; e a ação que tende à simplicidade e à linearidade. Um texto, portanto, conciso e breve que busca, na “economia” das palavras, denunciar a condição de rapidez a que se encontra submetido. Sua dimensão de complexidade se dá na profundidade do que foi dito, provocando uma unidade de efeito, condição basilar de sustentação semântica.
Quanto à personagem, há, de maneira geral, um mergulho em seu mundo íntimo, de forma a buscar uma explicação para as “angústias” que a vida traz, remexendo em dilemas de natureza vária (social, existencial, comportamental, imaginária etc) a fim de encontrar um sentido, um “porquê”, para situações cotidianas que parecem não ter explicação. Por isso a desambientação, a perturbação interior e os desajustes entre o particular e o exterior, percebidos pelo leitor ativo, quando passa a ser informado e adentra nos fatos narrados, afim de compor o painel das circunstâncias.
A narrativa contemporânea, foco de minha atenção e prazer literário, trás no conto uma de suas expressões mais significativas, principalmente quanto à liberdade e eficácia comunicativa que marca seu percurso histórico. Da oralidade, o hábito de contar histórias, à imprensa, meio de vida dos artistas em épocas anteriores, o conto vem se firmando como uma forma sintética e magnetizante de contar histórias, hipnotizando o leitor e desafiando o escritor.
Como vocês perceberam, emprestei essa introdução, pois a considero bastante interessante para o que vamos fazer. Tendo em mente algumas características básicas do conto, para transformar esse conteúdo em um conto fantástico, basta acrescentarmos um elemento maravilhoso, que é fora do comum, extraordinário, prodigioso. Mas o que é isso?
O elemento fantástico pode ser um animal que fala ou seja capaz de subverter a realidade (realidade ficcional!); pode ser um mineral mágico (lembram do pó de pir-lim-pim-pim?); uma pedra que realiza magias; uma bruxa; uma fada; ou qualquer coisa do gênero. Lembram da Alice que caiu em um buraco e foi transportada para o mundo da fantasia? Ou a Dorothi, do Mágico de Oz? É isso!
Vocês entenderão melhor com o passo a passo.
PRIMEIRO PASSO:
Imaginem uma situação do cotidiano, qualquer uma: um passeio apressado por uma praça ou jardim, a hora do almoço no meio da rua – pessoas circulando, você com pressa para almoçar e voltar ao trabalho – uma visita inesperada de um parente ou amigo, que traz com ele uma pessoa estranha – o batizado de uma criança, o velório de alguém, a caminhada de ida à escola, qualquer coisa.
SEGUNDO PASSO
Escolhida a situação comum, mundana, com a qual você sempre conviveu naturalmente, imaginem algo que pudesse torná-la especial ou estranha: uma música, um pássaro, uma flor, uma pedra encontrada no caminho, uma pessoa diferente das outras; qualquer elemento que você nunca tenha percebido como parte dessa situação banal.
TERCEIRO PASSO
Escolhido esse segundo ingrediente, comecem a pensar em como ele tornaria a situação comum em especial.
QUARTO PASSO
Juntar os ingredientes... Eu vou escolher o seguinte:
- situação comum: minha ida diária para a escola
- objeto ou algo inusitado que aparece: um pássaro canoro
- como esse pássaro poderia transformar algo comum em especial: ele cria ao meu redor um ambiente mágico, que me conforta e me faz feliz.
Explicação: