Com base na citação de Kant, disserte sobre a contribuição do Período Iluminista para a autonomia do pensamento.
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Kant e a concepção iluminista da razão
1 de maio de 2012
Resumo: Baseado na obra “O que é Iluminismo” de Kant, este trabalho busca analisar o Iluminismo como saída do homem de um estado de menoridade que deve ser imputado a ele próprio, atendo-se principalmente as dificuldades que o ser humano enfrenta no seu caminho para a maioridade, tais qual a preguiça e a vileza. O presente trabalho também busca estabelecer um paralelo comparativo entre a realidade em que o texto analisado foi escrito e a realidade dos dias atuais, que já de antemão afirmo em muito diferem, porém também em muito se parecem.[1]
Palavras-chave: Kant; iluminismo; razão.
Abstract: Based on the book "What is Enlightenment" Kant, this work analyzes the output of the Enlightenment as a man of minority status to be attributed tohimself, sticking mainly to the difficulties humans face in their path to adulthood,such that laziness and cowardice. This work also seeks to establish a parallelcomparison between the reality in which the analyzed text was written and the reality of today, who have much say in advance differ, but also much resemble.
Keywords: kant, enlightenment; reason.
Sumário: 1. Introdução; 2. O conceito de menoridade; 3. A razão como meio de sair da menoridade; 4. Dificuldades enfrentadas; 5. Conclusão. Referências.
INTRODUÇÃO
No texto base deste trabalho “O que é o Iluminismo?”, Kant revela a ideia iluminista da existência de possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar enganar pelas crenças religiosas, tradições e opiniões alheias. Ilustração aí seria "a saída do homem de sua menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano se torna consciente da força e inteligência para fundamentar a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem.
Sapere aude! Sirva-se do seu próprio pensamento! É assim, com a coragem de vencer o medo, a preguiça e a covardia, gerados pela difusão de preconceitos que servem de rédeas para a grande maioria, que o homem consegue sair de uma situação de menoridade em que ele próprio se coloca.
É difícil para o Iluminista pregar uma liberdade racional, num contexto em que por todos os lados a população tem sua liberdade cerceada e é direcionada a não raciocinar, por isso poucos são os que pensam por si. E hoje? Será que no contexto atual seria mais fácil pregar esse abandono à menoridade culpada? Ou já vivemos em uma época já esclarecida?
Vivemos num período de globalização em que as influências são muitas e com um poder manipulador cada vez maiores, a tarefa iluminista de atuar livremente nesse bombardeio de opiniões torna-se árdua. Se por um lado conquista-se a cada dia maior liberdade de pensar, por outro esse processo de globalização busca limitar essa liberdade, com a imposição de padrões.
2. O CONCEITO DE MENORIDADE
O que é menoridade? Uma condição cronológica? Quais os critérios para saber se o individuo é ou não maior? O conceito é bem abrangente, mas aqui será delimitado á ideia Kantiana, menoridade é então seria a incapacidade de se servir da razão, do entendimento sem necessitar da tutela, ajuda de outras pessoas. Sair da menoridade é pensar com autonomia segundo a qual o homem coloca para si mesmo o que ele é e, portanto, o que deve fazer e conhecer para ser efetivamente tal como deve ser, ser efetivamente o que já é em potência.
Tomemos como exemplo disso o que Kant nos diz sobre as leis de um dado povo: “a pedra de toque de tudo o que se pode decretar como lei sobre um povo reside na pergunta: poderia um povo impor a si próprio essa lei?” Sim, e isso somente significa que a autonomia da razão permite a conquista da liberdade, a qual é aquilo que, de modo autônomo se havia decidido ser efetivamente; A ação livre é então aquela que está em conformidade com uma autonomia prévia, ou seja, que não a contradiz.
Kant determina a causa dessa menoridade como a falta de decisão, de coragem do próprio sujeito. A menoridade é por culpa do próprio sujeito minimizado que se deixa abater pela preguiça, o comodismo e a covardia que são cada vez mais comuns até mesmo nos dias atuais, revelando que Kant constrói uma idéia, mesmo cerca de 230 anos atrás, bastante atual. Essa situação cômoda e minoritária ainda é facilitada pela existência de pessoas, tutores que se utilizam do comodismo da maioria para lucrar cada vez mais, determinando como devem agir, falar, comer e enfim como devem viver.
Resposta:
Kant, nesta citação, fala da essência que o iluminismo propôs: a de sair de um estado de encubamento imposto pelo Estado e pela Igreja, de sair de um estado que colocava o conhecimento do homem subjugado ao dogmas da Igreja e as leis do Estado. Percebemos isso quando Kant; "tem coragem em servir-te de teu próprio entendimento!". Ou seja, ele diz que o homem tem de ter coragem de rejeitar respostas rápidas e dogmáticas da Igreja para se servi do próprio conhecimento que o mesmo pode conquistar. Em outra citação Kant diz que: "O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos impuseram a si". Ou seja, o iluminismo representou a saída do homem de uma tutela de conhecimento que o mesmo homem por meio de leis e dogmas impôs para si. "Tem coragem para fazer uso da própria razão - esse é o lema do iluminismo".