Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!
3. Sobre a quarta e a quinta estrofes, marque o que for correto: *
Na quarta estrofe, o sujeito lírico sabe exatamente como agir, encontra solução face ao desencantamento com a vida, como se pode ler nos versos "Com a chave na mão / quer abrir a porta, / não existe porta". José consegue resolver seus conflitos.
Não existe nem mesmo a possibilidade da morte como último recurso - "quer morrer no mar, / mas o mar secou" - ideia que é reforçada mais adiante. José é obrigado a viver.
Com os versos "quer ir para Minas, / Minas não há mais", podemos entender que Minas é a sua terra natal. Já não é possível voltar ao local de origem, Minas da sua infância já não é igual, não existe mais. Nem o passado é um refúgio para José.
Na quinta estrofe, o eu lírico coloca hipóteses, através de formas verbais no pretérito imperfeito do subjuntivo, de possíveis escapatórias ou distrações ( "gritasse", "gemesse", "tocasse a valsa vienense", "morresse") que nunca se concretizam, são interrompidas, ficam em suspenso, o que é marcado pelo uso das reticências.
Mais uma vez, agora na quinta estrofe, é destacada a ideia de que nem mesmo a morte é uma alternativa possível, como mostram os versos: "Mas você não morre / Você é duro, José!". O reconhecimento da própria força, a resiliência e a capacidade de sobreviver parecem fazer parte da natureza deste sujeito, para quem desistir da vida não pode ser opção.
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Resposta:
com a chave na mão
Explicação:
quer abri a porta
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