Cite dois exemplo de virtude e, segundo a teoria do meio termo cite suas carências e seus excessos.
me ajudem por favor urgente ❤
Soluções para a tarefa
Resposta:
Tendo definido o que seria a ação moralmente boa, caberia indagar sobre o parâmetro que dirigiria a atividade do homem. Para tal, Aristóteles (EN, II, 2, 1104
a) estabelece uma analogia com a saúde, nos seguintes termos:
Comecemos, pois, por frisar que está na natureza dessas coisas o serem destruídas pela falta e pelo excesso, como se observa no referente à força e à saúde (pois, a fim de obter alguma luz sobre coisas imperceptíveis, devemos recorrer à evidência das coisas sensíveis). Tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força; e, da mesma forma, o alimento ou a bebida que ultrapassem determinados limites, tanto para mais como para menos, destroem a saúde ao passo que, sendo tomados nas devidas proporções, a produzem, aumentam e preservam.
Assim como na saúde é necessário alcançar o meio-termo, dado que a deficiência e o excesso são os seus contrários, o mesmo se dará com a virtude.
Lembrando que a virtude, considerada genericamente, não apenas torna uma coisa boa, mas a torna excelente, Aristóteles (EN, II, 6, 1106a) entende que aquela virtude que é acessível ao homem não só o torna bom, mas também o torna excelente em sua função, e será neste sentido que o meio-termo deverá ser buscado. No esclarecimento do que vem a ser o meio-termo, é notável a clareza exposta na Moral à Eudemo (II, 3):
(…) é preciso ter presente que em todo objeto contínuo e divisível podem-se distinguir três coisas: um excesso, um defeito e um meio. Estas distinções podem ser consideradas, seja em relação às coisas mesmas, seja em relação a nós; por exemplo, pode-se estudá-las na ginástica, na medicina, na arquitetura, nas artes náuticas ou em qualquer outro desenvolvimento da nossa atividade, seja ou não científico, seja conforme as regras da arte seja ao contrários delas. O movimento, com efeito, é uma continuidade, e a ação não é mais do que um movimento. Em todas as coisas, o médio, com relação à nós, é o melhor e o que nos prescrevem a ciência e a razão. Sempre e em todas as coisas, o médio tem a vantagem de produzir o melhor modo de ser, que pode demonstrar-se, por sua vez, pela indução ou pelo raciocínio. E assim, os contrários se destroem reciprocamente, e os extremos são, por sua vez, opostos entre si e opostos ao médio, porque este médio é um e outro extremo relativamente a cada um deles; por exemplo, o igual é maior que o menor e menor que o maior. Donde se segue que, a virtude ética deve consistir em certos meios e em uma posição mediana