Português, perguntado por renatacamilo1981, 9 meses atrás

CIEP Cora Coralina Língua Portuguesa Professora: Sabrina Oliveira Turmas: 701 Data: 04/08/2020 Leia o texto a seguir e responda às perguntas Nossa vida Lá em casa, a situação estava difícil. O pai tinha ficado desempregado. A mãe achava que qualquer trabalho podia pelo menos pagar a comida. A gente morava em Mambaí, Estado de Goiás. Aí apareceu um emprego numa fazenda pro lado dos Gerais da Bahia, bem perto da fronteira. Fui trabalhar junto com meus irmãos nessa tal fazenda. Era o projeto de um grande banco, apoiado pelo governo. A fazenda dizia que pagava o salário, mas nunca existiu salário nenhum. No final do mês, tudo que se comia ou se usava era descontado. Não sobrava nada de dinheiro. E a gente era obrigada a trabalhar de sol a sol. ─ Trabalho escravo ─ disseram os peões de Mambaí que já tinham passado por isso. ─ Mas usar criança é judiação! ─ falou um dia o dono do bar. Disseram também que essas fazendas usam crianças como trabalhadores porque fica mais barato. Quatro ou cinco custam o mesmo que um adulto, comem menos, obedecem melhor e cada uma faz o trabalho de gente grande. O capataz da fazenda dizia que o dinheiro podia sobrar se a gente trabalhasse direito. Ouvi falar de gente que saiu de lá com dívida, mas não com dinheiro. Se pelo menos a gente estivesse se alimentando bem... Minha mãe não sabia que a comida na fazenda era ruim. Achava que era frescura de criança. Mas não era, não. De manhãzinha, café aguado com pão duro. No almoço, só coisa de entupir ─ macarrão puro ou arroz com farinha. Pro serviço na fazenda render, o capataz fazia a gente trabalhar firme. Eu tenho catorze anos. Sou forte. Mas meus irmãos e um monte de outras crianças com corpinho fraco faziam serviço pesado de adulto ─ roçar e capinar era duro de lascar, mas a gente ainda aguentava. O pior era carregar carrinhos de mão pesados, cheios de material para a lavoura. Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos Gerais da Bahia. Paula Saldanha. “Heróis dos Gerais”. São Paulo, FTD, 1998, p. 7-9. 1) “Nossa vida” é uma narração, isto é, um texto no qual o narrador - aquele que conta a história - apresenta uma sequência de fatos. Nesse texto, o narrador apenas observa a história ou também participa dela? Retire do texto uma expressão que comprove a sua resposta. 2) À sequência de fatos que ocorre em uma narrativa, damos o nome de enredo. Sem dar spoiler (isto é, sem contar detalhadamente o que acontece), apresente o enredo de “Nossa vida”. 3) Um elemento essencial em todo texto narrativo são os personagens, que podem ser principais ou secundários. Em “Nossa vida”, quem é o personagem principal? Caso não seja possível nomeá-lo, apresente suas características. 4) Baseando-se no texto, responda: a) Por que a situação estava difícil para a família de Mambaí? b) Por que o trabalho na fazenda era classificado como trabalho escravo? c) Por que as fazendas preferiam crianças? 5) Procure no dicionário o significado das palavras abaixo e escreva aquele que melhor se adequa ao texto: a) peões (procure por peão) b) judiação c) capataz 6) O que o narrador quis dizer com as expressões em negrito a seguir? a) “cada uma faz o trabalho de gente grande” b) “No almoço, só coisa de entupir ─ macarrão puro ou arroz com farinha.” c) “Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos Gerais da Bahia.”

Soluções para a tarefa

Respondido por souzamarineusa94
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Explicação:

o trecho em que se registra característica de personagem a mãe achava que qualquer trabalhador podia pelo menos pagar comida minha mãe não sabia que a comida na fazenda era ruim meus irmão e tem um monte de outras crianças com corpinho fazia serviço pesado de adulto

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