Caso clínico Ana e Maurício sofreram lesões musculoesqueléticas recentemente. Ela teve o membro superior direito imobilizado e Maurício, o membro inferior esquerdo. No momento da avaliação fisioterapêutica, constatou-se que Ana estava com importante diminuição de força no músculo bíceps braquial. No caso de Maurício, a diminuição era significativa no músculo reto femoral. Relacionando a arquitetura muscular com a produção de força no processo de recuperação da lesão, qual dos dois músculos terá capacidade de produzir mais força?
Soluções para a tarefa
No caso de Ana, o músculo bíceps braquial, em sua arquitetura muscular, é definido como fusiforme. O arranjo das fibras fusiformes ocorre de forma paralela à linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é na mesma direção das fibras musculares. Esse arranjo oferece o potencial para grandes quantidades de encurtamento e movimentos de alta velocidade. O músculo reto femoral é definido como peniforme. As fibras peniformes correm diagonalmente em relação a um tendão que atravessa o músculo. A forma geral do músculo peniforme é de pena, já que os fascículos são curtos e correm em ângulo relativo com a linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é em uma direção diferente da força muscular. As fibras peniformes criam movimentos mais lentos e não são capazes de produzir movimentos de grande amplitude. A vantagem é a secção transversa fisiológica do músculo, que pode, geralmente, produzir mais força.
Resposta:
No caso de Ana, o bíceps é Músculo Paralelo onde os fascículos são dispostos paralelamente ao seu eixo longo. As características funcionais de um músculo paralelo lembram as de uma fibra muscular individual Este músculo apresenta uma forte inserção por um tendão que se estende da sua extremidade livre até um osso móvel do esqueleto. A força da fibra é na mesma direção das fibras musculares.
No caso de Maurício, o músculo reto femoral é um Músculo Peniforme onde, um ou mais tendões percorrem o ventre (corpo) do músculo, e os fascículos formam ângulos oblíquos em relação ao tendão. Como a tração é exercida obliquamente, a contração destes músculos não movimenta seus tendões tão amplamente
quanto os músculos paralelos o fazem. No entanto, um músculo Peniforme conterá mais fibras musculares do que um músculo paralelo de
mesmo tamanho e, como resultado, sua contração produzirá maior força tensora do que a gerada pelo músculo paralelo de mesmo tamanho.
Portanto, o músculo reto femoral de Maurício terá capacidade de produzir mais força.
Explicação: