Camisas negras de Milão, camaradas operários! Há ci
nco anos as colunas de um templo
que parecia desafiar os séculos desabaram. O que ha
via debaixo destas ruínas? O fim de um
período da história contemporânea, o fim da economi
a liberal e capitalista [...] Diante deste
declínio constatado e irrevogável, duas soluções ap
arecem: a primeira seria estatizar toda a
economia da Nação. Afastamo-la, pois não queremos m
ultiplicar por dez o número de
funcionários do Estado. Outra impõe-se pela lógica:
é o corporativismo englobando os elementos
produtores da Nação e, quando digo produtores, não
me refiro somente aos industriais mas
também aos operários. O fascismo estabeleceu a igua
Idade de todos diante do trabalho. A
diferença existe somente na escala das diversas res
ponsabilidades. [...] O Estado deve resolver
o problema da repartição de maneira que não mais se
ja visto o fato paradoxal e cruel da miséria
no meio da opulência
Discurso de Mussolini dirigido aos operários milane
ses, em 7 de outubro de 1934. In: MATTOSO,
Kátia M. de Queirós. Textos e documentos para o es
tudo da história contemporânea (1789-1963).
São Paulo: Hucitec: Edusp, 1977. p. 175-177.
A partir dessa leitura e considerando-se outros co
nhecimentos sobre o assunto,
é CORRETO afirmar que o fascismo italiano:
(A) era anticapitalista e se propunha instalar uma
nova ordem social coletivista, sem classes.
(B) fazia uma defesa veemente do trabalho, destacan
do-o como elemento que deveria
fortalecer o papel político do proletariado.
(C) propunha a união do capital e do trabalho, medi
ada pelo Estado e baseada no
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