Geografia, perguntado por msoninha11, 7 meses atrás

ATIVIDADES
19. Com base na leitura do texto "Geógrafo propõe uma novo disto territorio
teoria), explique a divisão regional proposta por José Donizete Cazzolato
20. Complete a cruzadinha.
Extremo Leste do Brasil.
11. Hemisfério no qual o Brasil tem a
maior parte de suas terras
III Divisão regional em cinco regiões
IV. Autor da divisão regional em três
complexos regionais.​

Soluções para a tarefa

Respondido por florencaalves7
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Resposta:

A divisão de Estados brasileiros voltou a ser um assunto de destaque na mídia após a aprovação de plebiscito que pode dividir o atual Estado do Pará em três partes: Pará (com território reduzido), Carajás e Tapajós. Partindo desta possível divisão, José Donizete Cazzolato propõe em Novos Estados e a Divisão Territorial do Brasil: uma visão geográfica uma discussão, e analisa a atual divisão territorial brasileira e possíveis mudanças, focando os aspectos geográficos, econômicos e políticos.

Comunitexto: De onde surgiu a ideia de editar um livro sobre divisões de Estados?

José Donizete Cazzolato: Eu venho me dedicando às questões territoriais faz algum tempo. Na dissertação de mestrado, em 2005, foquei a escala local, apostando na ideia dos bairros como instância territorial oficial. Dois anos depois, apresentei um texto sobre a divisão macrorregional do país, propondo uma discussão nacional para atualizar o atual arranjo, que, além de ter sido instituído em 1969, descaracterizou-se com a criação de Tocantins, em 1988, e sua inserção na Região Norte.

O Pará pode ser dividido em três partes. Você acha que essa divisão pode ser benéfica para as áreas mais afastadas da atual capital, Belém?

: Sim, pode ser benéfica para as três partes resultantes. O que “pega” no caso do Pará, além da grande extensão do Estado, é sua organização espacial, que define três nódulos regionais em posições bastante destacadas: Belém, no extremo nordeste; Santarém, a oeste; e Marabá, a Sudeste. A porção central do Estado, onde idealmente se localizam as capitais, é uma interface regional. Com a divisão, oficializa-se o que a geografia demonstra.

Em um passado recente houve duas divisões de estados brasileiros: Mato Grosso, em 1977, foi dividido em dois com a criação do Mato Grosso do Sul; Goiás, em 1989, transformou-se em dois com a criação do Estado do Tocantins. Essas divisões foram benéficas para todos estados envolvidos? Houve alguma consulta popular como irá ocorrer no caso paraense?

Não tenho elementos para afirmar que a divisão de Mato Grosso e de Goiás foram benéficas. Mas as evidências apontam para o sim. Conheço razoavelmente Campo Grande, e, pelo que se observa ali, seria impensável o território sulmatogrossense tributário da distante Cuiabá. Em nenhum dos dois casos houve consulta popular.

Com tantos projetos de divisão, como ficaria o Brasil?

Esta é, por sinal, uma das questões abordadas no livro. De um modo geral, essas implementações são vistas como despesas, enquanto muitas pessoas preferem considerá-las como investimento. Há que se ponderar cada caso, e por isso insisto na questão dos parâmetros técnicos. Se adotarmos um padrão territorial, aos moldes do proposto, essa questão estará embutida.

Há outros projetos de divisão de Estados brasileiros em trâmite na Câmara dos Deputados ou no Senado? Quais são?

: No levantamento feito, seriam 30, inclusive Carajás e Tapajós. Mas é difícil saber exatamente, porque muitos são apresentados em duplicata, outros se superpõem territorialmente, e mesmo rejeitados, quase todos são reapresentados na legislatura seguinte. Carajás e Tapajós, que vão a plebiscito este ano, eram proposições arquivadas em 2008, como se vê na pesquisa de Rogério Boueri (IPEA).

Estados com grandes extensões territoriais ou mesmo com grande população são mais passíveis de divisão. Há, por parte do senhor, alguma sugestão de divisão do Estado de São Paulo, por exemplo? Como ela se daria?

Sim. A aplicação do padrão territorial proposto sugere a divisão do Estado de São Paulo. Tramitam (ou tramitaram recentemente) no Congresso dois projetos de fragmentação do território paulista, um separando aproximadamente a região Mogiana, e outro a região de Sorocaba mais o Vale do Ribeira. Parece mais coerente, geograficamente, contemplar a grande divisão que se observa no Estado, inclusive identitária, separando São Paulo propriamente e o Interior. A proposta vai nessa linha.

Estado de Mato Grosso do Norte, conforme estudo apresentado no livro. Fonte: elaboração do autor.

Em relação a estados muito pequenos e com poucos recursos, seria interessante a anexação deles a outro estado?

JDC: Sim, esse ponto eu procuro destacar, lembrando a proposta de André Martin, um dos grandes geógrafos da atualidade. Ele apresentou, em 1993, a ideia de fundir estados, na contramão da maioria das propostas. O debate sobre a divisão territorial do país não pode deixar de considerar essa possibilidade.

Para finalizar, poderão ocorrer em médio ou longo prazo novas divisões estaduais no Brasil

Explicação:

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