Até pouco tempo atrás, quando queríamos sustentar uma afirmação sem argumentar demais, bastava dizer: “É comprovado cientificamente.” Mas essa tática já não tem mais a mesma eficácia, pois a confiança na ciência está diminuindo. Vivemos hoje um clima de ceticismo generalizado, uma descrença nas instituições que favorece a disseminação de negacionismos. Algumas pesquisas confirmam a crise de confiança que atinge a ciência. O fenômeno da pós-verdade – no qual fatos objetivos têm menos influência na opinião pública do que crenças pessoais – é um sintoma extremo dessa crise. Muita gente não enxerga que a ciência existe para beneficiar a sociedade. E esse desencanto produz um terreno fértil para movimentos anticiência e teorias da conspiração (além de fomentar extremismos). A pós-verdade, sinaliza um ceticismo quanto aos benefícios das verdades que costumavam compor um repertório comum, o que explica certo desprezo por evidências factuais usadas na argumentação científica. Diante disso, contradizer argumentos falsos exibindo fatos reais pode ter pouca relevância em uma discussão. Evidências e consensos científicos têm sido facilmente contestados com base em convicções pessoais ou experiências vividas. No mundo todo, as pessoas vêm manifestando uma confiança apenas moderada na ciência, mesmo nas nações mais ricas. Nos países com renda de média para alta – grupo em que o Brasil se enquadra –, 54% dos habitantes confiam medianamente na ciência. O resultado mais interessante é a correlação entre a desconfiança na ciência e o descrédito de outras instituições: quem duvida do conhecimento científico geralmente desconfia também dos governos, das Forças Armadas ou da Justiça
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52
Resposta:Correto I, II, III
Explicação:
linyfinato:
alternativa correta
Respondido por
10
Resposta Confirmada
I, II e II
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