apresentar a história dos negros no país, sua cultura e sua contribuição social.??
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Resposta:
A historia dos negros.
Uma pesquisa liderada pelo médico geneticista Sérgio Danilo Pena, professor titular de Bioquímica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisou os genes de um grupo de negros em São Paulo e apontou que 44,5% tinham uma ancestral no Centro-Oeste da África, outros 43%, na região Oeste, e o restante (12,3%), no Sudeste. Caso não tenha sofrido mutação, o DNA mitocondrial de quem viveu há centenas ou milhares de anos é idêntico ao de um descendente. Por isso, ele é chamado de marcador de linhagem. Apesar de ter sido feito em um grupo em São Paulo, o estudo pode ser considerado uma referência para o que ocorreu no resto do Brasil, já que a cidade foi e é até hoje um pólo de migração interna no país.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado por João José Reis, professor de História da Universidade Federal da Bahia (UFBA), as regiões Centro-Oeste, Oeste e Sudeste da África contribuíram em graus variados de intensidade, dependendo do período considerado e das conexões comerciais mantidas pelos traficantes portugueses, brasileiros e africanos dos dois lados do Atlântico. Assim, os portos do Brasil podiam, por vezes, e em certos períodos, se especializar em determinadas direções do fluxo do comércio de pessoas.
A cultura dos negros.
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.
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