Ambos os trechos são crônicas que abordam situações diferentes. A primeira retrata sobre a ação inusitada de um ônibus, e a segunda sobre uma caminhada por dois viajantes. Leia os trechos, observando como eles são construídos.
Texto 1
Existe esperança
Não havia como deixar de relatar fato inusitado ocorrido conosco neste início de segunda-feira. […] Minha esposa estava a levar nossa filha para a escola. Bem à frente dela, seguia um sonolento ônibus. Até aqui, nada de diferente. Eis que o inusitado acontece: na movimentada rua XV de novembro, o imenso bólido parou em uma faixa de pedestres para que as crianças pudessem atravessar a rua. Repito: o motorista parou por vontade própria, não havia sinal ou guarda de trânsito, nada além de uma muda faixa de pedestres pintada no asfalto. O motorista simplesmente parou o coletivo. Estaríamos nós em algum país europeu? […] Num país, numa cidade onde os motoristas respeitam a vida humana, respeitam literalmente o próximo? Nada disso: foi bem aqui em Uberlândia. […]
STUTZ, William Henrique. Crônicas de uma cidade. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2019.
bólido: aquilo que se locomove em alta velocidade.
Texto 2
Ao cair de uma tarde de dezembro, de sincero e genuíno dezembro, chuvoso, frio, açoutado do Sul e sem contrafeitos sorrisos de Primavera, subiam dois viajantes a encosta de um monte por a estreita e sinuosa vereda […].
O sítio, naquele ponto, tinha o aspecto solitário, melancólico, e, nessa tarde, quase sinistro. […]
DINIS, Júlio. I. A morgadinha dos canaviais (crônicas da Aldeia). Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2019.
Com base na leitura dos textos, é possível compreender que uma das diferenças entre as duas crônicas é
(A)
a existência de um tom irônico, o qual ocorre em ambos os textos, mostrando a opinião crítica dos autores sobre os assuntos abordados, como a falta de respeito no trânsito e o uso inadequado do sítio.
(B)
a narração, visto que no texto 1 há a exposição de um acontecimento, sem uma narrativa sobre ele, já no texto 2 há a presença de uma narrativa para comentar sobre o espaço do texto.
(C)
o tipo de narrador, visto que no texto 1 ele está distante dos eventos, os quais aconteceram com sua esposa e filha, já no texto 2, o narrador está próximo às ações e, por isso, narra o ambiente em detalhes.
(D)
o espaço, visto que no texto 1 sabe-se o local específico em que se passa a crônica, já no trecho 2 compreende-se que é apenas em um sítio, mas não especificamente onde ele se encontra.
Soluções para a tarefa
Resposta:
letra c
Explicação:
Resposta:
Oi cara, vamos por eliminação.
Letra (A)
Bem, percebemos que existe uma narrativa nos dois textos, e como o próprio nome já diz, eles narram algum acontecimento ou história. Em nenhum dos dois, notamos algum tipo de critica, visto que o humor prevalece na primeira, de forma que não há criticas.
Letra (B)
No texto um, existe sim uma narrativa, visto que diferente do segundo, ele é em primeira pessoa, então lida até melhor com os fatos. Falsa.
Letra (C)
Essa é a alternativa mais correta, visto que, quando o narrador, vamos chama-lo de Diego, ele narra os eventos que aconteceram com ele, sua esposa e sua filha, ele está narrando eventos que já ocorreram, ele narra eventos que já passaram, já aconteceram, então sim, eles estão distantes dos eventos. O narrador no texto dois, é em terceira pessoa, e ele está sim, próximo aos eventos, visto que até detalha todo o espaço. Já que o texto um, foi um acontecimento passado, quem diria que o Diego lembraria de todos os detalhes?
Letra (D)
Foi tanto detalhe que o narrador disse sobre o local do texto dois, que é até sem noção dizer que não tem especificações.
RESPOSTA CORRETA: LETRA (C)