Além da imaginação
Tem gente passando fome.
E não é a fome que você imagina
entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio.
E não é o frio que você imagina
entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente.
E não é a doença que você imagina
entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança.
E não é o desalento que você imagina
entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos.
E não são os cantos que você imagina
entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro.
E não é a falta que você imagina
entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda.
E não é aquela que você imagina
entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece
imaginação.
Ulisses Tavares. Caindo na real São Paulo, Brasiliense, 1984.
1- Agora faça o que se pede.
a) Copie todos os períodos simples do texto e leia algumas das necessidades de que fala o
poeta.
b) Reescreva as orações subordinadas adjetivas do texto e circule os pronomes relativos.
c) Analise os períodos retirados do texto. “... não é a fome que você imagina entre uma
refeição e outra.” “... não é aquela que você imagina entre a escola e a\novela.”
2- Complete os períodos com os pronomes relativos adequados: que, o qual, a qual, os quais,
as quais, cujo(a), cujos(as), onde. Veja o exemplo: a) Certas canções / que (as quais) ouço /
trazem-me serenidade. b) Os funcionários a __________________________ foram oferecidos
os prêmios já saíram. c) Não encontramos os livros _________________________ autores
foram homenageados. d) A garota com _______________________________ saí domingo
viajou com os pais. e) A rua _____________________________________ moro está sendo
asfaltada. f) Os autores sobre _________________________ lhe falei visitarão nossa cidade. g)
O rio ______________________________ eram cristalinas passava pela nossa cidade. Agora
3-Sublinhe os verbos dos períodos acima e separe as orações subordinadas adjetivas das
principais, usando traços.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
01- Não se refere a fome que estamos acostumados a setir e logo sanar ela com algo que temos na geladeira, mas aquela que pessoas passam nas ruas e não tem como mata-las, ou seja se refere a fome de moradores de rua.
02- Além da imaginação por que muitos não imaginam o que passam essas pessoa nas ruas, sem ter o que comer, o frio e muitas outras necessidades.
03- É como se essas pessoas de rua não fossem reais para muitos que passam por elas e não dão a mínima importância. Deixando-as em um mundo que so elas sabem os passam e os que estão de fora, só tem esse mundo na imaginação, e muitas vezes as pessoa também.
Explicação:
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