Português, perguntado por pereiratacio436, 6 meses atrás

A primeira exibição pública do cinema ocorreu no ano de 1895 na França e, aos poucos, difundiu-
se para todas as nações, sendo ainda uma grande fonte de entretenimento, inclusive no Brasil. Além disso,

é notória sua função social ao proporcionar aos espectadores tanto uma atividade de lazer quanto uma
propagação de informações e de conhecimentos, como os documentários e os filmes contendo alusões
históricas. Nesse viés, a Constituição brasileira de 1988 determina o direito ao entretenimento a todos os
cidadãos, assegurando o princípio da isonomia. Entretanto, o acesso aos cinemas no país vem deixando,
grandemente, de ser democrático, sobretudo devido à segregação espacial e aos elevados custos, ferindo o
decreto, o que demanda ação pontual.
Decerto, o processo de urbanização brasileiro ocorreu de forma acelerada e desorganizada,
provocando o surgimento de aglomerados no entorno dos centros urbanos. Diante dessa conjuntura, essas
periferias sofrem, de modo geral, históricas negligências governamentais, como a escassez de
infraestrutura básica, de escolas e de hospitais. Não obstante, tais regiões também carecem de espaços de
lazer, como os cinemas, que, majoritariamente, concentram-se nas áreas centrais e de alta renda das
cidades. Assim, corrobora-se a teoria descrita pelo filósofo francês Pierre Lévy de que “toda nova
tecnologia gera seus excluídos”. Portanto, o cinema, sendo uma inovação técnica, promove a segregação
dos indivíduos marginalizados geograficamente.
Ademais, a maioria dos cinemas pelo Brasil cobram altos valores pelos ingressos das sessões, o
que se torna inviável para grande parte da população, haja vista a situação econômica de crise que o país
enfrenta, em que muitos indivíduos se encontram desempregados ou possuem baixa renda familiar. Desse
modo, descumpre-se a determinação da Constituição Cidadã de igualdade de acesso ao lazer pela
população, especialmente um entretenimento tão difundido entre a sociedade e de grandes benefícios
pessoais, como a aquisição de informações e a ampliação da criticidade. Por fim, ratifica-se a tese
desenvolvida pelo jornalista brasileiro Gilberto Dimenstein acerca da Cidadania de Papel, isto é, embora
o país apresente um conjunto de leis bastante consistente, elas se atêm, de forma geral, ao plano teórico.
Logo, a garantia de igualdade de acesso ao cinema pelos cidadãos não é satisfatoriamente aplicada na
prática, impulsionando a segregação social.
Observa-se, então, a necessidade de democratização dos cinemas no Brasil. Para tanto, é preciso
que a Ancine – Agência Nacional de Cinema – amplie o acesso da população aos cinemas. Isso ocorrerá
por meio do incentivo fiscal às empresas do ramo, orientando a construção de mais cinemas nas regiões
periféricas, a redução dos preços dos ingressos e a concessão de gratuidade de entrada para a parcela da
sociedade pertencente às classes menos favorecidas, como indivíduos detentores de renda familiar inferior
a um salário mínimo. Dessa forma, mais brasileiros terão a possibilidade de acesso aos cinemas e,
finalmente, a isonomia será garantida nesse contexto, reduzindo a desigualdade entre a população."
Qual o tema do texto?


pereiratacio436: b)Quais argumentos a autora do texto usa para defender sua tese de que “o acesso aos cinemas no país vem
deixando, grandemente, de ser democrático”?

Soluções para a tarefa

Respondido por ingridgabrielyferrei
1

cinema , fonte de entretenimento

Explicação:

boa noite

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