A mortalidade infantil constitui um importante indicador de saúde de um país, já que é um reflexo da qualidade e acesso a serviços de saúde, das condições socioeconômicas, das práticas de saúde pública, bem como da própria saúde da mulher. Analisando as causas de mortalidade infantil, observa-se, nos últimos anos, uma diminuição da taxa total de óbitos por causas infecciosas e, em contrapartida, aumento da proporção de mortes atribuíveis às malformações congênitas. Entre os possíveis causadores dessas malformações, além de fatores ambientais, encontram-se algumas medicações e outras drogas como álcool e fumo. É necessário lembrar que a exposição medicamentosa da mãe é estendida ao feto e os efeitos sobre ele vão depender do fármaco, da paciente, da época de exposição durante a gravidez, da frequência e da dose total, podendo resultar em abortamento, morte ou malformação fetal. Sendo assim, o uso de medicações durante a gravidez deve ser, antes de tudo, evitado. Porém, estudos têm demonstrado que esse uso é evento cada vez mais frequente. Além das medicações, estudos têm revelados os efeitos do consumo de álcool e fumo durante a gravidez e desencorajado esta prática, já que não se tem conhecimento dos níveis seguros do uso dessas substâncias no período gestacional. Rocha RS, Bezerra SC, Lima JWO, Costa FS. Consumo de medicamentos, álcool e fumo na gestação e avaliação dos riscos teratogênicos. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):37-45. Considerando os conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas com o livro didático e as informações contidas no fragmento acima, responda os comandos abaixo em um texto discursivo entre 15 a 20 linhas: a) Cite os fatores relacionados a má formação fetal, explicando-os. b) Cite os principais agentes teratogênicos, relacionando cada um com o impacto no desenvolvimento embrionário.
Soluções para a tarefa
Resposta: O ramo da ciência que busca estudar os agentes teratogênicos, os mecanismos e os padrões do desenvolvimento anormal é chamado de teratologia. Estas malformações são desenvolvimentos anormais que representam anomalias morfológicas presentes no feto decorrente a fatores gestacionais podendo ser genéticos ou fatores ambientais.
- Fatores teratogênicos genéticos: Aneuploidia, deleção cromossômica e translocação cromossômica. Todos esses fatores estão diretamente relacionados a alterações cromossômicas que ocorrem no desenvolvimento fetal.
- Fatores ambientais: Tabagismo, álcool, andrógenos e progestágenos, antibióticos, drogas e anticoncepcional são exemplos
Principais agentes infecciosos causadores de anomalias fetais:
- Toxoplasmose: é um protozoário capaz de infectar diversas células causando a macro ou microcefalia, doenças como retinocoroidite, retardo mental, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas e até a morte fetal.
- Rubéola: é um agente viral causador de catarata, má-formação cardíaca, glaucoma congênito e surdez
- Citomegalovírus: Vírus de infecção geralmente assintomática podendo causar abordo espontâneo, distúrbios auditivos e neurológicos, cegueira, aumento de órgãos como o fígado e baço e distúrbios neurocomportamentais durante a infância
Explicação:
Reposta elaborada de acordo com o livro.
a) Os fatores relacionados à má formação fetal são os seguintes:
- Fatores teratogênicos genéticos: como por exemplo: aneuploidia, deleção cromossômica e translocação dos cromossomos.
- Fatores ambientais: consumo de álcool, de cigarro, de drogas e antibióticos.
b) Os principais agentes teratogênicos que se relacionam como o impacto no desenvolvimento embrionário são os seguintes: Aneuploidia, deleção cromossômica e translocação cromossômica. Esses fatores apresentam ligação com as mudanças cromossômicas que são percebidas no decorrer do desenvolvimento fetal.
Bons estudos!