História, perguntado por daydepilacao, 4 meses atrás

A micro-história é uma das perspectivas historiográficas mais importantes surgidas no século XX, a qual afirma ser possível compreender importantes características de um determinado período histórico partindo do estudo de casos muitos específicos. Foi a partir deste processo que o historiador italiano Carlo Ginzburg escreveu a célebre obra O Queijo e os Vermes, que conta a história de Domenico Scandela, um moleiro italiano da primeira metade do século XVI, acusado de heresia pela Inquisição. Utilizando a documentação produzida durante o processo de acusação pelo qual Scandela passou, Ginzburg estabeleceu uma conexão entre as leituras acumuladas pelo moleiro ao longo da vida, a sua visão de mundo e a tradição oral da região. Dessa forma, com base na história de um único homem, Ginzburg retratou a mudança na mentalidade ocorrida no período de transição do medievo para a Idade Moderna. Neste Desafio, você é um historiador que se deparou com uma situação similar. Descrição da imagem não disponível​​​​​​​​​​​​​​Com base nessas informações, como você explicaria a mudança de mentalidade do professor Nelson ao longo do período ditatorial?

RESPOSTA:
O processo de fechamento do regime militar de 1964 foi gradual. No início, ainda existia relativa liberdade política e de imprensa, de forma que muitos desmandos do governo eram denunciados pela oposição e pelos jornais. Contudo, com a implementação do AI-5 em 1968, o regime se fechou, cassando mandatos políticos, estabelecendo eleições indiretas para todos os níveis do Executivo e aplicando a censura escancarada sobre a imprensa.

Dessa forma, o noticiário não continha mais nenhum tipo de notícia negativa em relação ao governo, muito menos denúncias de irregularidades ou de medidas arbitrárias.

Por outro lado, a narrativa criada pelo governo sobre o perigo iminente de uma revolução comunista foi habilmente divulgada pela imprensa, o que assustou parcelas significativas da população que, por temer uma ditadura comunista, passou a abraçar as medidas do governo de maneira irrefletida, frequentemente mudando sua posição no espectro político da esquerda para a direita.

Da mesma forma, a forte propaganda de teor nacionalista colocada em prática pelo governo também contribuiu para a criação de um imaginário ufanista, em que o Brasil seria o “país do futuro”. Em resumo, a censura aos jornais e as narrativas oficiais fizeram com que Nelson, sem acesso a visões contrapostas, passasse a apoiar lealmente o governo e suas medidas.

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Respondido por negramaluca
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Resposta:

RESPOSTA:

O processo de fechamento do regime militar de 1964 foi gradual. No início, ainda existia relativa liberdade política e de imprensa, de forma que muitos desmandos do governo eram denunciados pela oposição e pelos jornais. Contudo, com a implementação do AI-5 em 1968, o regime se fechou, cassando mandatos políticos, estabelecendo eleições indiretas para todos os níveis do Executivo e aplicando a censura escancarada sobre a imprensa.

Dessa forma, o noticiário não continha mais nenhum tipo de notícia negativa em relação ao governo, muito menos denúncias de irregularidades ou de medidas arbitrárias.

Por outro lado, a narrativa criada pelo governo sobre o perigo iminente de uma revolução comunista foi habilmente divulgada pela imprensa, o que assustou parcelas significativas da população que, por temer uma ditadura comunista, passou a abraçar as medidas do governo de maneira irrefletida, frequentemente mudando sua posição no espectro político da esquerda para a direita.

Da mesma forma, a forte propaganda de teor nacionalista colocada em prática pelo governo também contribuiu para a criação de um imaginário ufanista, em que o Brasil seria o “país do futuro”. Em resumo, a censura aos jornais e as narrativas oficiais fizeram com que Nelson, sem acesso a visões contrapostas, passasse a apoiar lealmente o governo e suas medidas.

Explicação:

CORRIGIDO PELO AVA.

Respondido por sarmentomms
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Resposta:

O processo de fechamento do regime militar de 1964 foi gradual. No início, ainda existia relativa liberdade política e de imprensa, de forma que muitos desmandos do governo eram denunciados pela oposição e pelos jornais. Contudo, com a implementação do AI-5 em 1968, o regime se fechou, cassando mandatos políticos, estabelecendo eleições indiretas para todos os níveis do Executivo e aplicando a censura escancarada sobre a imprensa.

Dessa forma, o noticiário não continha mais nenhum tipo de notícia negativa em relação ao governo, muito menos denúncias de irregularidades ou de medidas arbitrárias.

Por outro lado, a narrativa criada pelo governo sobre o perigo iminente de uma revolução comunista foi habilmente divulgada pela imprensa, o que assustou parcelas significativas da população que, por temer uma ditadura comunista, passou a abraçar as medidas do governo de maneira irrefletida, frequentemente mudando sua posição no espectro político da esquerda para a direita.

Da mesma forma, a forte propaganda de teor nacionalista colocada em prática pelo governo também contribuiu para a criação de um imaginário ufanista, em que o Brasil seria o “país do futuro”. Em resumo, a censura aos jornais e as narrativas oficiais fizeram com que Nelson, sem acesso a visões contrapostas, passasse a apoiar lealmente o governo e suas medidas.

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