A educação encontrou muitas formas de expressão ao longo da história do ocidente, quando houve a queda do Império Romano e a formação do mundo medieval, entre os séculos V e XI, na formação de percepção cristã de universalidade e do que deveria ser a formação do “bom-homem”. Enquanto o pensamento romano herdou a racionalidade e o humanismo grego, o pensamento medieval buscou sustentar a lógica da antiguidade na doutrina cristã fundada nos documentos sacros, em especial a Bíblia. Elaborado pelo professor. Sobre a transição do pensamento romano e o pensamento medieval, analise as afirmações a seguir: I. O pensamento romano se sustentou em uma base lógica de divindade absoluta, em que o ser humano deveria estar subordinado à vontade divina, enquanto o pensamento cristão privilegiou a percepção racional e lógica da natureza para estabelecer suas leis. II. O que no pensamento greco-romano sustentava a “verdade” estava na observação da natureza e na praticidade da vida humana. Diferente do pensamento cristão, em que a existência de um Deus absoluto subordinava a lógica de todas as coisas, inclusive a da natureza. III. Pensadores como Sêneca sustentavam a felicidade humana nas coisas da vida terrena. Era na vida humana que a satisfação da existência se dava. Já para o pensamento cristão, o ser humano encontraria a felicidade absoluta na vida pós-morte. IV. Dessa forma, na vida terrena, para o pensamento cristão medieval, estava as dores e as contrariedades que levariam às provas e ao aperfeiçoamento da alma. No mundo grego, seria na observação da natureza e no aprimoramento da conduta que se chegaria à felicidade. É correto o que se afirma em:
Soluções para a tarefa
Em relação às diferenças entre pensamento medieval e o pensamento romano, é correto o que se afirma em: II, III e IV.
A afirmativa I está incorreta porque o pensamento romano era antropocêntrico, ou seja, acreditava que os fenômenos poderiam ser explicados pelo homem, não atribuindo à uma divindade.
O pensamento medieval e o pensamento romano
O pensamento medieval era teocêntrico, pautado nos ideais de uma divindade absoluta responsável pela Criação, em que o mundo funcionava à sua vontade e ações.
Em contrapartida, o pensamento romano tinha o homem como figura central do universo. Além disso, estimulava o pensamento crítico, desencorajado pelo Cristianismo.
O Humanismo, pensamento fundamental dos ideais romanos, se transformou em uma visão de mundo difundida por toda a Europa. Baseava-se na crítica da cultura tradicional e eclesiástica, na valorização das capacidades do ser humano e na busca de explicações racionais para os fenômenos naturais, o racionalismo. Os pensadores humanistas afirmavam a centralidade do ser humano em suas preocupações e investigações.
Nesse sentido, o antropocentrismo tomava o lugar do teocentrismo medieval. Para esses pensadores, o ser humano deveria figurar no centro do Universo em vez de Deus, pois o entendimento de todos os fenômenos partiria da percepção e da capacidade de raciocínio das pessoas.
Apesar das críticas à cultura eclesiástica, os humanistas, no entanto, não eram ateus nem se opunham à Igreja: apenas defendiam a capacidade dos seres humanos de compreender e explicar os fenômenos a partir do uso do pensamento racional, concepção que por vezes entrava em choque com certas convicções da Igreja Católica no período. Com base no antropocentrismo, defendiam a individualização da experiência religiosa e o contato direto dos fiéis com o conteúdo das Escrituras.
Sendo assim, pode-se concluir que:
- A afirmativa I está incorreta porque o pensamento romano era antropocêntrico, ou seja, acreditava que os fenômenos poderiam ser explicados pelo homem, não atribuindo à uma divindade.
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Resposta:
II, III e IV.
Explicação: