“A cidade de Jubaba: Estatísticas do caos e a crise da Segurança Pública”
Cenas de arrastões, saques e roubos seguidos de violência, infelizmente, são
comuns na cidade de Jubaba. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, a cidade que possui aproximadamente 5 milhões de habitantes – foi a que
apresentou maior aumento da taxa de roubos por cem mil habitantes, na comparação
entre os anos de 2016 e 2018, correspondendo a um crescimento de quase
40% (quarenta por cento). No mesmo período de estudo, a taxa de homicídios por
cem mil habitantes também cresceu cerca de 25% (vinte e cinco por cento).
De acordo com estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP), o cenário
não é otimista quanto à diminuição de tais taxas. Isto porque a violência na cidade
de Jubaba apresenta características divergentes das que são encontradas em outros
municípios do país, o que demanda estudos específicos voltados à elaboração de
políticas públicas mais efetivas do que as implementadas em outros municípios de
porte semelhante.
De maneira geral, em todas as regiões do país, os grupos criminosos são
organizados seguindo uma lógica geográfica, onde tais criminosos ocupam
determinados espaços. No entanto, na cidade de Jubaba, as forças policiais precisam
de veículos blindados (também conhecidos como “caveirões”) para adentrarem
em determinados bairros, diferentemente de outras metrópoles. Ou seja,
em Jubaba, há diversas áreas circunscritas ocupadas pelos criminosos, que
controlam essas regiões e até o ir e vir das pessoas que lá habitam, como uma
verdadeira espécie de poder paralelo.
Vale ressaltar, ainda, que os criminosos de Jubaba fazem uso de armamentos
de grosso calibre, e possuem um verdadeiro arsenal, incluindo fuzis.
A ausência de estrutura adequada pelas forças policiais para enfrentar
criminosos fortemente armados e organizados, aliada à corrupção, são elementos
que provocam a diminuição da confiabilidade da população na segurança pública.
Neste ínterim, deve-se considerar também que a violência costumeiramente
paira no sistema prisional, já que o encarceramento de detentos de facções distintas
e rivais, acrescida da superlotação torna as penitenciárias uma verdadeira “bombarelógio” prestes a explodir, colocando os agentes penitenciários em situação de
extrema vulnerabilidade.
A comunidade de Jubaba tem se tornado refém do caos que envolve a
segurança pública, mas a cada ano que passa a impressão é de que o problema está
cada vez mais longe de uma solução.
O Estado é responsável por prover segurança pública, mas a estratégia
adotada até o presente momento tem se mostrado infrutífera. Tanto, que os relatos de
profissionais atuantes na segurança pública e de pesquisadores da área, evidenciam
que há diversos fatores que causam esse alarma na segurança pública, mas que sem
sombra de dúvida o principal motivo seria a falta de recursos do próprio Estado e do
município.
Ocorre que a falta de recursos públicos, que pode ter como suas principais
causas desvios e corrupção, ou, ainda, podem decorrer de falhas na gestão, encontra
inconsistências e falta de efetividade, por ter como premissa a busca de soluções
imediatistas, regionalizadas, sem foco e sem o real conhecimento dos fatores
desencadeadores de tanta violência.
A crise financeira perpassada pelo Estado pode ser observada no atraso das
remunerações, na ausência de pagamento dos adicionais devidos aos profissionais
da carreira da segurança pública, na falta de investimento em armamento, veículos,
fardas, equipamentos de segurança e principalmente no déficit existente nos setores
de inteligência e monitoramento.
Considerando o contexto apresentado e, com base na efetividade ou falta de
efetividade que a postura reativa do Estado tem representado, será que o ideal seria
continuar nesta frente? Será que uma atuação preventiva seria mais efetiva? Qual
forma de atuação seria considerada atual para combater a criminalidade?
Essas indagações e reflexões fazem parte da proposta desta atividade, que
associados aos seus conhecimentos preliminares, darão base para resolução da
presente produção textual.
De acordo com o narrado pelo texto-base, considerando não haver um único fator responsável pela situação de violência alarmante, esclareça a específica relação entre a crise econômica daquela região e o problema da criminalidade crescente e estruturada. Em outros termos, por que a falta de recursos públicos se relaciona, por exemplo, com o crescimento de quase 40% da taxa de roubos e de cerca de 25% da taxa de homicídios no Município mencionado?
Soluções para a tarefa
A falta de recursos públicos está intrinsecamente ligada ao aumento das taxas de violência na cidade de Jubaba. É um problema estrutural, que tem sua gênese na falta de educação de qualidade e oportunidades para a população, especialmente a mais pobre.
Sem investimentos em educação de qualidade, profissionalização e também de reinserção do detento na sociedade, não é possível pensar em redução das taxas de violência.
Isso porque, para isso, são necessárias políticas públicas, que não podem ser efetivadas sem o investimento do Estado.
A falta de recursos públicos está intrinsecamente ligada ao aumento das taxas de violência na cidade de Jubaba. É um problema estrutural, que tem sua gênese na falta de educação de qualidade e oportunidades para a população, especialmente a mais pobre.
Sem investimentos em educação de qualidade, profissionalização e também de reinserção do detento na sociedade, não é possível pensar em redução das taxas de violência.
Isso porque, para isso, são necessárias políticas públicas, que não podem ser efetivadas sem o investimento do Estado.