A avaliação diagnóstica para pessoas com deficiência intelectual é feita por:
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Resposta:
Segundo o DSM V, as deficiências intelectuais fazem parte dos transtornos do neurodesenvolvimento. Elas podem ser diferenciadas segundo a sua gravidade: leve, moderada, grave ou profunda, mas elas têm uma característica em comum, os prejuízos nos fatores de: domínio conceitual (habilidades neurocognitivas), social (habilidades de comunicação social e relacionamento) e prático (habilidades da vida cotidiana), as quais são mais acentuadas conforme a gravidade do transtorno.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS CONFORME O DSM V:
A deficiência intelectual é um transtorno com início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, as quais os três critérios a seguir devem ser preenchidos:
a) déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela a avaliação clínica quanto por testes padronizados e individualizados.
b) Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunicação.
c) Início dos déficits adaptativos durante o desenvolvimento, a qual refere-se ao reconhecimento da presença de déficits intelectuais e adaptativos durante a infância ou adolescência.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA:
Nesse sentido, abre-se um parêntese para explicar que essa avaliação clínica geralmente é realizada por uma equipe multiprofissional (pediatra, neurologista ou neuropediatra, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo), mas os testes de inteligência são ferramentas exclusivas do profissional de psicologia, aos quais são utilizados em processos clínicos de psicodiagnóstico e avaliação psicológica. No caso das deficiências intelectuais, geralmente são encaminhadas pela escola, família ou profissional de saúde, pois este tipo de transtorno tem impacto direto no rendimento escolar, na socialização da criança e na maturidade emocional.
Diante disso, o psicólogo recebe a queixa de encaminhamento para investigação da hipótese diagnóstica; realiza anamnese com os pais/responsáveis ou cuidadores, pois os informantes são essenciais para a identificação de sintomas como irritabilidade, desregulação do humor, agressividade, problemas alimentares e do sono, bem como para avaliação da função adaptativa em locais variados na comunidade; pode realizar visitas nas escolas, visto que o transtorno tem relação com a aprendizagem de habilidades acadêmicas que envolvem leitura, escrita, matemática, tempo ou dinheiro e também, pela escola ser o meio social mais presente na infância e adolescência; e aplicar testes psicológicos de inteligência como: As Escalas de Wechsler de Inteligência (Bateria WISC IV ou WAIS III, dependendo da faixa etária do paciente), Escala de Maturidade Mental (Colúmbia), Teste de raciocínio não-verbal R-1 ou R-2 (dependendo da faixa), Teste Gestalt Visuomotor de Bender (BENDER), Teste dos Cubos, RAVEN (versão adulto e infantil), G-36 e G-38 (Testes de inteligência não-verbal) e outros instrumentos que avaliem as funções executivas de planejamento, organização, memória operacional, flexibilidade cognitiva, controle inibitório, juízo e demais funções cognitivas, visto que o transtorno de deficiência intelectual não se baseia apenas no nível de QI, mas no seu funcionamento neuropsicológico como um todo. É importante ainda ressaltar que, quanto maior a gravidade do transtorno maior o impacto cognitivo, podendo inclusive, afetar a linguagem e a motricidade da criança/adolescente/adulto.
Para este item, podemos destacar que, quanto maior o nível de deficiência intelectual, mais dependência emocional e atraso no desenvolvimento psicomotor do indivíduo, desde atividades simples do cotidiano as mais complexas, que impossibilitam do paciente desenvolver sua autonomia para andar, vestir, comer, fazer compras, ter independência financeira, entre outras funções. No domínio social, pode haver dificuldades em perceber, com precisão, pistas sociais dos pares, comunicação, conversação e linguagem são mais concretas e imaturas do que o esperado para a idade, inclusive pode seus relacionamentos sociais podem ser com pessoas de menor idade cronológica. Podem existir ainda, dificuldades de regulação das emoções e do comportamento de uma forma adequada à idade; há compreensão limitada do risco em situações sociais; o julgamento social é imaturo para a idade e a pessoa corre o risco de ser manipulada pelos outros.
A avaliação diagnóstica para pessoas com deficiência intelectual é feita através de uma avaliação de carácter neurológico, associado ao histórico escolar e avaliação que são conduzidas por psicoterapeutas, ambas afim de quantificar do grau dessa deficiência.
Avaliação de alunos com deficiência
Essa avaliação requer muita atenção e um profissional capacitado, para que este possa avaliar o aluno em função das suas potencialidades e seus conhecimentos em todas as áreas, assim observar os caracteres comportamentais, ou ainda a qualidade do trabalho, quantidade de trabalho, pontualidade e assiduidade, tudo deve ser levado em consideração na hora da avaliação.
Entenda mais sobre avaliação diagnóstica em: https://brainly.com.br/tarefa/23483825
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