42 No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo
de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida
criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a
primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor
sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da
natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo,
para os fins secretos da criação.”
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na
alternativa:
(A) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
(B) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
(C) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...
(D) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...
(E) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.
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16
Letra E
o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
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3
Letra (A): "...o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas... " Com efeito, as protagonistas das obras do Romantismo não tem sardas ou espinhas!
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