2. (UNIMONTES/2014) Sobre o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO: *
a) A autora – mulher, negra, mãe solteira – assinala a sua escrita com a consciência do que é estar no “quarto de despejo” da grande cidade de São Paulo.
b) O ato cotidiano de recolher resíduos da sociedade paulistana é uma evasão de uma mulher que se sente marginalizada.
c) O diário Quarto de despejo é constituído de fragmentos de vida reunidos em cadernos encontrados nas ruas.
d) Os relatos diários são marcados por um olhar de denúncias e pela descrição da rotina marginal de sua autora.
3. (UEMA/2015) Na obra Quarto de despejo: diário de uma favelada, Carolina Maria de Jesus retrata, em uma dimensão sociológica e literária, suas impressões sobre o cotidiano dos moradores de uma favela.Para responder à questão, leia a seguir dois excertos, transcritos integralmente, da referida obra.TEXTO I20 DE MAIO(...)Quando cheguei do palácio que é a cidade os meus filhos vieram dizer-me que havia encontrado macarrão no lixo. E a comida era pouca, eu fiz um pouco do macarrão com feijão. E o meu filho João José disse-me:– Pois é. A senhora disse-me que não ia mais comer as coisas do lixo.Foi a primeira vez que vi a minha palavra falhar.(...)TEXTO II30 DE MAIO(...)Chegaram novas pessoas para a favela. Estão esfarrapadas, andar curvado e os olhos fitos no solo como se pensasse na sua desdita por residir num lugar sem atração. Um lugar que não se pode plantar uma flor para aspirar o seu perfume, para ouvir o zumbido das abelhas ou o colibri acariciando-a com seu frágil biquinho. O único perfume que exala na favela é a lama podre, os excrementos e a pinga.(...)Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: Diário de uma favelada. 9. ed. São Paulo: Ática, 2007.O título do livro “Quarto de Despejo” pode sugerir algumas inferências. Assinale aquela que NÃO pode ser comprovada pelo relato. *
a) O ambiente onde escreve Carolina assemelha-se a um quarto de despejo.
b) Tal qual os objetos que Carolina recolhe nas ruas, ela e seus filhos são restos ignorados pelo poder público.
c) Os relatos da vida da autora são comparados aos pertences deixados em um quarto de despejo.
d) Há uma alusão ao local onde vivem as pessoas que trabalham com serviços domésticos em casas de luxo.
4. O texto a seguir é um trecho da obra autobiográfica “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada” (1960), de Carolina Maria de Jesus, escritora negra que produziu nos anos 1950 e 1960. Ela era moradora da favela Canindé, em São Paulo:“(...) Chegaram novas pessoas para a favela. Estão esfarrapadas, andar curvado e os olhos fitos no solo como se pensasse na sua desdita por residir num lugar sem atração."Uma interpretação possível do texto de Carolina Maria de Jesus é: *
a) Descreve a chegada de novos moradores na favela do Canindé e a situação de precariedade social que os aguardava naquela vida, já conhecida pela escritora.
b) As metáforas dos desempregados como corvos, dos pobres às margens e da cidade como sala de visitas dão o tom lírico ao texto e revelam uma estética também “marginal” criada pela escritora.
c) O movimento da contracultura no Brasil foi responsável pelas poucas importância e circulação da obra de Carolina Maria de Jesus na década de 1960.
d) A metáfora do quarto de despejo remete a um lugar que abriga os elementos indesejáveis que não se quer visíveis na sala de visitas, ou seja, na cidade.
b) O ato cotidiano de recolher resíduos da sociedade paulist
ana é uma evasão de uma mulher que se sente marginalizada.
c) O diário Quarto de despejo é constituído de fragmentos de vida reunidos em cadernos encontrados nas ruas.
d) Os relatos diários são marcados por um olhar de denúncias e pela descrição da rotina marginal de sua autora.
Soluções para a tarefa
Resposta:
2. letra b
3. letra c
4. letra b
Explicação:
espero ter ajudado<3
Sobre o livro "Quarto de despejo", de Carolina Maria de Jesus, as alternativas correspondem a: 2 - B, 3 - D , 4- A.
Carolina Maria de Jesus, escritora, poetisa e compositora brasileira, tendo o seu diário "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada", publicado na década de 1960, a obra mais famosa e reconhecida da sua carreira artística. Além disso, foi umas das primeiras mulheres pretas a serem lidas e consideradas autoras pela sociedade brasileira.
Em seu diário, Carolina, com uma escrita simples e rotineira, narra a sua trajetória pobre na cidade de São Paulo. Ela, empregada e catadora de latinhas, trabalhava o dia todo para poder sustentar seus filhos em meio a uma vida de injustiças e violência.
Carolina denunciava a pobreza e a desigualdade que assolam o Brasil e escreve de modo direto as suas dificuldades, relatava a fome, a pedofilia, a revolta com o mundo, a miséria, a vida nas favelas e vários outros assuntos de extrema importância.
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