1-(ENEM 2017) Inspiração no lixoO paulistano Jaime Prades, um dos precursores do grafite e da arte urbana, chegou ao lixo por sua intensa relação com as ruas de São Paulo. “A partir da década de 1980, passei a perceber o desastre que é a ecologia urbana. Quando a gente fala em questão ambiental, sempre se refere à natureza, mas a crise ambiental urbana é forte”, diz Prades. Inspirado pela obra de Frans Krajcberg, há quatro anos Jaime Prades decidiu construir uma árvore gigante no Parque do Ibirapuera ou em outro local público, feita com sobras de madeira garimpadas em caçambas. “Elas são como os intestinos da cidade, são vísceras expostas”, conta Prades. “Percebi que cada pedaço de madeira carregava a memória da árvore de onde ela veio. Percebi que não estava só reciclando, e sim resgatando”. Sua árvore gigante ainda não vingou, mas a ideia evoluiu. Agora, ele pretende criar uma plataforma na internet para estimular outros artistas a fazer o mesmo. “Teríamos uma floresta virtual planetária, na qual se colocariam essas questões de forma poética, criando uma discussão enriquecedora.”VIEIRA, A. National Geographic Brasil, n. 65-A, 2015O texto matiza algumas transformações das funções da arte na atualidade. No trabalho citado, do artista Jaime Prades, considera-se a
a) reflexão sobre a responsabilidade ambiental do homem.
b) valorização da poética em detrimento do conteúdo.
c) preocupação com o belo encontrado na natureza.
d) percepção da obra como suporte da memória.
e) reutilização do lixo como forma de consumo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A)
Explicação:
O artista utilizou as sobras de madeira de garimpo para construir uma "árvore" no Ibirapuera. Ele quer trazer uma reflexão dos danos do desmatamento, ao criar uma árvore com os restos, de modo a retornar a madeira ao seu lugar de origem.
b) Falso, o conteúdo é importante, pois ele utilizou restos de madeira para criar a árvore, o que é um símbolo importante na criação da crítica.
c) Falso, o centro do trabalho dele não foi a valorização da beleza da natureza, mas um meio de conscientizar e criar reflexão nas pessoas que olham a arte.
d) Falso, o objetivo da obra não é sustentar a memória, mas sim criar reflexão dos danos do desmatamento e da necessidade da natureza no meio urbano.
e) Há a reutilização do lixo, porém esse não é o centro.