06 Determine a figura de linguagem presente nos fragmentos textuais:
a) O pensamento é como um diamante bruto.
b) A razão é a luz na escuridão.
c) Amanda é um bisturi excepcional.
d) O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
e) No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.
f) Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.
g) A pontualidade daquele médico é britânica. Só esperei duas horas para ser atendido.
h) O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.
a) tipo textual, gênero textual, gênero textual, tipo textual.
b) tipo textual, tipo textual, gênero textual, gênero textual.
c) tipo textual, gênero textual, gênero textual, gênero textual.
d) gênero textual, tipo textual, tipo textual, tipo textual.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem comum ou denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal, portanto permitem uma plurissignificação do enunciado. Por exemplo, na frase “Fabiano tem muita cara de pau em aparecer aqui depois de tudo que ele me fez”, a expressão “cara de pau” indica que Fabiano não tem vergonha na cara e não que a cara dele, literalmente, é feita de madeira.
Assim, temos as figuras:
de palavras ou semântica;
de sintaxe ou construção;
de pensamento;
de som ou harmonia.
Leia também: Ambiguidade – construção linguística que expressa duplo sentido
O que é figura de linguagem?
Uma escultura de madeira pode ter, literalmente, uma cara de pau.
Uma escultura de madeira pode ter, literalmente, uma cara de pau.
A figura de linguagem é uma forma de expressão que se distancia das regras da linguagem denotativa. Assim, ela pode ser plurissignificativa. Queremos dizer com isso que, ao empregar uma figura de linguagem, o enunciador possibilita uma interpretação para o seu enunciado que extrapola o sentido original, este associado a uma leitura literal dos fatos, isto é, não interpretativa. Por exemplo:
A pedra chorou de tristeza.
Nesse exemplo, o sentido denotativo (original) é que uma pedra verteu lágrimas de seus olhos porque estava triste. Porém, sabemos que pedras não têm olhos e, portanto, não podem chorar. Assim, essa expressão afasta-se das regras da linguagem denotativa para assumir outro sentido.
Desse modo, o fato de a pedra chorar mostra o quanto determinada situação é triste. É tão triste que até uma pedra poderia chorar. Nesse exemplo, a pedra foi personificada, foi tratada como se fosse um ser humano, portanto capaz de chorar e sentir tristeza.
As figuras de linguagem são amplamente utilizadas em textos literários. (imagem principal)
As figuras de linguagem são amplamente utilizadas em textos literários.
Figuras de palavras ou semântica
Comparação
Uma relação de comparação explícita entre dois termos, marcada pela presença de conjunção comparativa.
O pensamento é como um diamante bruto.
O pensamento é tal qual um diamante bruto.
O pensamento é igual a um diamante bruto.
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Metáfora
Comparação implícita.
A razão é a luz na escuridão.
Observe que a “razão” está sendo comparada com a “luz”. No entanto, não há nenhuma conjunção comparativa explicitada entre os dois termos. Portanto, se a frase fosse “A razão é como a luz na escuridão”, não teríamos mais uma metáfora, mas sim uma comparação.
No primeiro exemplo, temos uma metáfora impura, assim classificada quando os dois elementos da comparação implícita estão explicitados – no caso, “razão” e “luz”. Já na metáfora pura, isso não acontece:
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
No poema A rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes (1913-1980), a “rosa” a que o eu lírico se refere é uma metáfora para a bomba atômica, ou seja, ela é comparada a uma rosa. No entanto, em nenhum momento, a bomba é explicitamente mencionada no poema. Para saber mais sobre essa figura de linguagem, acesse: metáfora.
Metonímia
Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.
Assim, pode haver a substituição:
do autor pela obra:
Você não vai acreditar: comprei um Caravaggio.
(isto é: comprar um quadro do Caravaggio.)
do possuidor pelo possuído:
Amanhã, vou ao médico e não se fala mais nisso!
(isto é: ir ao consultório do médico.)
do lugar pelo produto:
Ela só fumava havana e nada mais.
(isto é: fumar charuto produzido em Havana.)
do efeito pela causa:
Aqueles líderes insuflaram a guerra no coração dos jovens.
(isto é: insuflar o ódio, causa da guerra.)
do continente pelo conteúdo:
Todos os dias, bebo uma xícara de chá de boldo.
(isto é: beber o chá que está na xícara.)
do instrumento pelo agente:
Amanda é um bisturi excepcional.
(isto é: é uma cirurgiã excepcional.)
da coisa pela sua representação:
Ninguém fala mal da minha terra sem antes me pedir permissão.
(isto é: falar mal do país, estado ou cidade.)
do inventor pelo invento:
O Linux é um sistema operacional gratuito.
(isto é: linux é a invenção de Linus Torvalds; a palavra vem da união do nome de seu inventor “Linus” com “Unix”.)
Explicação:
Epero ter Ajudado